O jogador do Sporting, Matheus Reis, enfrenta uma acusação de agressão a um apanha-bolas do FC Porto durante um clássico em agosto de 2022. De acordo com o Ministério Público, Matheus Reis terá intencionalmente chocado com a cabeça e o antebraço esquerdo contra o tronco do apanha-bolas. Diogo Faria, diretor de conteúdos do FC Porto, criticou o jogador leonino, referindo que o comportamento do Sporting, normalmente visto como corretíssimo, é agora descrito como "um lixo". Faria expressou desagrado pela conduta de Matheus Reis, afirmando que agredir uma criança é inaceitável. O caso teve desenvolvimentos na Justiça desportiva, com o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol a arquivar a situação, decisão amplamente contestada por Faria. O diretor do FC Porto mencionou que as imagens são claras e que a justiça civil está envolvida. Matheus Reis, jogador brasileiro do Sporting, encara agora as consequências legais do incidente ocorrido durante um jogo no Estádio do Dragão.
Por sua vez, o Gil Vicente encontra-se numa posição delicada por ser o único clube da I Liga que ainda não efetuou a inscrição no IPDJ (Instituto Português do Desporto e Juventude), como exigido pelo novo regime jurídico das sociedades desportivas. A ausência de registo e entrega de documentação sobre a idoneidade ou incompatibilidade dos seus dirigentes coloca o Gil Vicente em risco de enfrentar uma contraordenação muito grave, com uma coima que pode chegar aos 500 mil euros. A nova legislação determina que o IPDJ é a entidade responsável pela supervisão das sociedades desportivas, as quais devem cumprir as obrigações estabelecidas. Enquanto o Gil Vicente é o único clube da I Liga que ainda não efetuou o registo, outros clubes ainda têm documentos obrigatórios por entregar. Esta situação coloca o clube numa posição desfavorável face à lei, podendo enfrentar consequências financeiras significativas.
A Lei n.º 39/2023, em vigor desde setembro de 2023, estabelece um regime de contraordenações para os clubes que não cumpram as obrigações legais, com coimas que variam entre 500 e 500 mil euros, dependendo da gravidade da infração. O IPDJ é responsável por verificar a idoneidade e possíveis conflitos de interesses dos investidores, administradores e gestores das sociedades desportivas. Além disso, a nova legislação introduz a necessidade de uma representação mínima de 20% de pessoas de cada sexo em cargos nas sociedades desportivas, com um regime transitório até 2025.
Em resumo, o futebol português encontra-se envolvido em controvérsias e questões legais, com o caso de Matheus Reis do Sporting a destacar-se pela acusação de agressão a um apanha-bolas, e o Gil Vicente a enfrentar problemas relacionados com a falta de registo no IPDJ. Estes eventos refletem a importância do cumprimento das leis e regulamentos no desporto, bem como a responsabilidade dos clubes em garantir a integridade e transparência nas operações.