O avançado Alberth Elis, que representou o Boavista na temporada 2020/21, recordou o incidente que lhe causou um traumatismo craniano grave durante um jogo entre o Bordéus e o Guingamp, da Ligue 2 francesa, a 24 de fevereiro deste ano.
Elis, internacional hondurenho de 28 anos, foi colocado em coma induzido e submetido a uma cirurgia de urgência após o choque. Ao acordar, o jogador revelou que não se lembrava de ser futebolista, nem de estar em França ou mesmo de ser hondurenho.
Recuperação árdua, mas com otimismo
Quando acordei, não me lembrava que era jogador de futebol. Não me lembrava que estava em França, não me lembrava que era hondurenho. Os médicos acharam que seria difícil eu voltar a ficar bem, contou Elis ao site The Athletic.
Segundo o próprio, as primeiras duas semanas após o incidente foram particularmente duras, uma vez que não estava mentalmente a 100%. No entanto, Elis foi recuperando dia após dia, com os seus pais a revelarem que o jogador se manteve sempre feliz e grato por lhe ter sido dada uma nova oportunidade de vida.
Futuro incerto após a falência do Bordéus
Elis teve de frequentar uma clínica de reabilitação para recuperar capacidades como a fala e a escrita, dividindo o seu tempo entre aulas e sessões de treino no ginásio.
Com o Bordéus a declarar falência, o internacional hondurenho ficou sem clube, lamentando não poder regressar à equipa com a qual tinha mais dois anos de contrato. Ainda assim, Elis mantém-se otimista quanto ao seu futuro: Quero voltar e mostrar que estou a 100 por cento. O ideal seria regressar em janeiro. Já fiz exames e disseram-me que estou bem.