Samu Omorodion, avançado do FC Porto, decidiu recentemente adotar o apelido Aghehowa em homenagem à sua mãe, Edith Aghehowa. Esta mudança de nome profissional simboliza o longo e difícil percurso que mãe e filho tiveram de enfrentar para chegar ao futebol português.
Edith, solteira e com oito meses de gravidez, arriscou tudo para sair da Nigéria e chegar a Espanha, com o objetivo de proporcionar uma vida melhor ao seu filho. «O bebé não ia chegar a nascer», chegou a relatar Edith sobre as adversidades que enfrentou durante esta jornada.
Uma mãe determinada
Já em Sevilha, Edith fez todo o tipo de trabalhos, desde limpezas a costura, para sustentar a família e apoiar o talento futebolístico que Samu começava a demonstrar. Chegava a casa da meia-noite, depois de percorrer quilómetros a pé para levar o filho aos treinos, pois o dinheiro não chegava sequer para o passe de autocarro.
«Uma mãe não pode trazer um filho ao mundo e fazê-lo sofrer como o Samu sofreu, porque eu não conseguia fazer mais. Não podia vender o meu corpo por dinheiro!», declarou Edith, determinada em proporcionar o melhor ao filho.
Da Espanha ao FC Porto
O esforço de Edith valeu a pena. Samu conseguiu assinar pelo Atlético de Madrid em 2023, realizando o sonho de «fazer com que a minha mãe deixe de trabalhar». No entanto, a reação de Edith foi surpreendente: «Mas eu tenho de trabalhar, ainda tenho contrato e o patrão está de férias, só posso falar com ele quando regressar.»
Atualmente no FC Porto, Samu decidiu homenagear a sua mãe de uma forma singela, colocando a inicial do seu nome na camisola - 'Samu A.'. Agora, o avançado quer que seja utilizado o apelido Aghehowa, como forma de reconhecer e agradecer todo o sacrifício e dedicação da progenitora.