As nove épocas ao serviço do Real Madrid, sete delas nos escalões de formação, levaram Javier Balboa, na altura com 25 anos, a chegar a Lisboa com o 'cunho' de promessa por despontar, estatuto que viu terminado precisamente em Portugal, depois de uma passagem pelo Benfica que foi tudo menos feliz para ambas as partes.
O internacional pela Guiné Equatorial assinou um contrato válido por quatro temporadas e custou, de imediato, um valor a rondar os quatro milhões de euros aos encarnados. Aliciado por Quique Flores para se mudar para o Benfica, Balboa acabou por ter precisamente no treinador espanhol o seu primeiro obstáculo.
Primeiros passos em Portugal e lesões
«Os dois já haviam trabalhado juntos na equipa de juvenis A do Real Madrid e, talvez por isso, Balboa achou que chegaria à Luz para ser titular indiscutível. Isso não se verificou e mais tarde, quando Jorge Jesus chegou para substituir Quique Flores, o extremo viu-se a contas com uma lesão que não ajudou na sua afirmação pelo clube.»
Assim, Balboa acabou por voltar a Espanha, na época seguinte, e emprestado pelas águias ao Cartagena realizou apenas 11 jogos. Em 2010/11 foi novamente cedido, ao Albacete, mas teve ainda menos tempo em campo (fez só sete partidas).
Tentativa de reerguer a carreira
«Em agosto de 2011, ao aperceber-se de que no Benfica não teria o espaço com que sonhou, Javier Balboa optou por rescindir o seu contrato e assinou, a custo zero, com Beira-Mar, numa clara tentativa de reerguer uma carreira que chegou a ser encarada como verdadeiramente promissora.»
Foi no emblema de Aveiro que acabou por voltar a ter ritmo de jogo e fez, em cada uma das duas épocas no clube, 27 jogos, num total de nove golos marcados e sete assistências. Finalmente com as 'pazes' feitas com as lesões, Balboa mudou-se, na temporada 2013/14, para o Estoril e no ano de estreia fez 40 jogos, o máximo na sua carreira.
Fim da passagem por Portugal
Jogou, depois, mais uma temporada pelos canarinhos e foi em 2015 que o extremo pôs o ponto final no seu percurso em Portugal. Seguiu então viagem para o Al Faisaly FC, da Arábia Saudita, e em 24 jogos atingiu um novo recorde de golos por época: oito.
Já em final de carreira, Balboa atuou por quatro ocasiões pelos marroquinos do Al Hoceima, mas foi na Grécia que se despediu dos relvados, ao serviço do Trikala, com 15 jogos realizados e dois golos marcados.