Na última segunda-feira, reuniões realizadas em Dubai, à margem da Cimeira do Clima (COP28), entre a União Ciclista Internacional (UCI), os organizadores das grandes voltas (Giro, Tour e Vuelta) e os representantes das equipas e dos ciclistas profissionais não resultaram em decisões importantes para a redução das emissões de carbono no ciclismo.
A UCI vem insistindo na redução do número de voos durante as competições, visando diminuir a pegada de carbono. No entanto, as equipas e os organizadores não chegaram a um acordo. A UCI admite agora recorrer à União Europeia para avançar com as medidas.
Para já, ficou acordado entre as equipas e os ciclistas que não serão utilizados meios aéreos nos finais de etapas de alta montanha para a deslocação dos ciclistas para os hotéis, como forma de reduzir as emissões de carbono.
A UCI tem como objetivo reduzir em 50% as emissões de carbono das equipas e competições do WorldTour até 2030, mas o acordo parece não ser fácil de alcançar.
Os transfers de avião nas grandes voltas têm sido uma questão controversa quando se trata de proteção ambiental. No entanto, os benefícios das viagens aéreas são evidentes, pois abrem novas partes do mundo aos organizadores de corridas.
O impacto ambiental das corridas de ciclismo já é significativo, desde a caravana publicitária até aos veículos das equipas, infraestruturas e adeptos. As transmissões televisivas também contribuem para as emissões de carbono, com a mobilização de centenas de pessoas em automóveis, motos e helicópteros.
A UCI está determinada a tomar medidas para reduzir a pegada de carbono no ciclismo, mas as reuniões desta semana não trouxeram os resultados esperados. Agora, resta esperar para ver se a União Europeia poderá intervir e impulsionar as decisões necessárias para tornar o ciclismo mais sustentável.