O Ministério Público acusou o jogador do Sporting, Matheus Reis, por agressão a um apanha-bolas do FC Porto, num incidente ocorrido durante o clássico realizado a 20 de agosto de 2022, no Estádio do Dragão. Segundo o despacho de acusação citado pelo Porto Canal, o jogador terá de responder em tribunal por alegada ofensa à integridade física do jovem, que na altura dos factos tinha apenas 13 anos, sendo menor de idade.
No momento em questão, Matheus Reis empurrou o apanha-bolas com a cabeça, junto ao tronco, na tentativa de apressar uma reposição, sendo advertido pelo árbitro, Nuno Almeida. O Ministério Público alega que o jogador agiu de forma "livre, voluntária e consciente", com o propósito de ofender a integridade física do jovem. O despacho de acusação descreve que a alegada agressão ocorreu quando o apanha-bolas pousou no chão uma bola que ia entregar a Matheus Reis, que embateu "propositadamente com a sua cabeça e antebraço esquerdo contra o tronco do corpo" do menor.
A acusação destaca que o jogador tinha consciência da idade do apanha-bolas e, portanto, deveria saber que tal comportamento era "proibido e punido por lei". Apesar do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol ter arquivado o processo em novembro de 2022, o Ministério Público decidiu avançar com a acusação contra Matheus Reis.
O Sporting demonstrou disponibilidade para apoiar o jogador no processo, com o objetivo de provar que não houve agressão. Por outro lado, o apanha-bolas é representado por um advogado ligado ao escritório de Adelino Caldeira, administrador da FC Porto SAD.
Este caso gerou controvérsia e levantou questões sobre a conduta dos jogadores em relação a elementos mais jovens presentes nos jogos. A acusação do Ministério Público destaca a gravidade do incidente e a responsabilidade do jogador em respeitar a integridade física de todos os envolvidos no desporto.