Após quase dois meses desde os incidentes na AG extraordinária do FC Porto, o clube decidiu agir e instaurou três processos disciplinares a associados envolvidos nos desacatos. Segundo Jorge Guimarães, presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do clube, os inquéritos prévios foram concluídos e agora os processos seguem o seu curso normal. "Está tudo dentro das conformidades. A tramitação subsequente segue normalmente e penso que em 10 ou 15 dias ficará tudo encerrado", afirmou Guimarães.
Os desacatos ocorreram durante a sessão magna de 13 de novembro de 2023, que teve de ser transferida para o pavilhão Dragão Arena devido à grande afluência de sócios. A reunião foi suspensa pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral, José Lourenço Pinto, e posteriormente adiada para o dia 20 de novembro, mas acabou por ser cancelada. O Conselho Superior do clube retirou a proposta de revisão estatutária que estava em debate.
Apesar dos incidentes, não foi apresentada nenhuma queixa particular às autoridades. Jorge Guimarães esclareceu que "não houve nenhuma queixa [a nível particular] que tivesse chegado ao conhecimento do Conselho Fiscal e, supostamente, da direção". Além disso, não houve registo de entrada de pessoas nos hospitais devido a agressões ou mal-estar causado pelos desacatos.
O presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar garantiu que a direção do clube está a par do processo disciplinar e que os processos foram instaurados após um inquérito rigoroso, baseado em vídeos disponíveis nas redes sociais e cobertura da imprensa. Os associados visados receberam as notas de culpa e terão a oportunidade de exercer o seu direito de defesa em audiência prévia. As sanções aplicáveis podem variar desde a advertência até à expulsão de sócio.