A Assembleia Geral Extraordinária do Benfica, realizada no Pavilhão n.º 1 do Estádio da Luz, ficou marcada por um ambiente tenso e tumultuoso que acabou por condicionar o decurso normal dos trabalhos.
Apesar dos relatos iniciais de relativa tranquilidade, com apenas tímidos assobios aos membros da Direção, presidida por Rui Costa, a verdade é que a segunda metade da sessão ficou marcada por momentos de confusão e contestação por parte de alguns sócios presentes.
Aprovação da revisão estatutária
Durante a manhã, vários intervenientes tomaram a palavra, incluindo o candidato à presidência João Diogo Manteigas e o antigo candidato João Noronha Lopes, que destacaram a forte presença dos adeptos no local. A proposta global de revisão dos estatutos do Benfica acabou por ser aprovada por extensa maioria, num sufrágio que contou com a participação de 1644 sócios.
Após a pausa para almoço, a situação complicou-se. Após a aprovação da proposta da Direção, era altura de debater e votar as alterações na especialidade. Alguns sócios demonstraram o seu descontentamento sobre a forma como o processo estava a decorrer.
Pedido de adiamento da Assembleia
Foi nesse momento que João Diogo Manteigas apresentou um requerimento a pedir a suspensão e posterior adiamento da Assembleia Geral Extraordinária, que deveria ser marcada num espaço de 30 dias. O presidente da Mesa da Assembleia Geral, Fernando Seara, submeteu o pedido a votação, que foi aprovado pelos sócios.
No entanto, Seara decidiu então bater com a porta e abandonar o pavilhão sem dar qualquer explicação, interrompendo os trabalhos. Os sócios gritaram «vergonha» para a Direção encarnada. Rui Costa tomou da palavra para pedir desculpas pelo sucedido e sugerir que os trabalhos fossem retomados, o que foi aceite pelos benfiquistas presentes.