Uma nova candidatura que promete mudança radical
A poucos meses das eleições presidenciais do Benfica, previstas para outubro de 2025, surge uma nova candidatura que promete "romper com tudo" o que tem sido feito no clube nos últimos anos. João Diogo Manteigas, advogado de 36 anos, anunciou esta sexta-feira a sua candidatura à presidência do emblema da Luz, garantindo que não haverá lugar para ninguém da atual direção liderada por Rui Costa.
«Não há lugar para ninguém da atual Direção e Administração do clube. Não é satisfatório o que andam a fazer com o Benfica. Não há lugar para nenhum deles. É a minha visão, tenho a certeza que nas eleições em outubro os sócios vão tomar conta do clube e, nessa altura, sai essa gente toda», afirmou Manteigas, em declarações à imprensa.
Independência de "poderes instalados" e resultados desportivos
O candidato à presidência do Benfica deixou claro que a sua candidatura não depende de "poderes instalados" ou de "resultados desportivos", mas sim da "energia inesgotável do sentimento benfiquista" e da "experiência e conhecimento especializado próprio do fenómeno desportivo".
«Asseguro-vos que esta candidatura não depende de resultados desportivos, não depende de quaisquer interesses e de poderes instalados! Nada nem ninguém nos move a não ser tentar retribuir tudo aquilo que o Benfica já nos deu!», garantiu Manteigas, durante a apresentação da sua candidatura.
Objetivos de gestão: respeitar valores e formar talentos
O advogado, que não contou com a presença de figuras históricas do clube na plateia, vincou que o seu objetivo é "recolocar o Benfica no caminho das conquistas", tendo sempre por base uma gestão que "respeitará os pergaminhos, valores e princípios" do emblema da Luz.
«Esta candidatura lançará as sementes do sucesso de uma gestão que respeitará os pergaminhos, valores e princípios do Sport Lisboa e Benfica», assegurou.
Manteigas apresentou cinco pilares fundamentais para a sua candidatura: Associativismo, Desportivo, Institucional, Empresarial e Infraestrutural. No que toca ao vetor desportivo, o candidato garantiu que o Benfica "vai parar de formar para vender no imediato" e que irá "formar para reter talento".
«Não é possível criar cultura de vitória quando vendemos os nossos melhores jogadores pouco tempo depois de os lançarmos ao mais alto nível! É preciso fazer dos nossos jovens atletas - homens e mulheres - exemplos para todos nós. Não iremos ceder à tentação do lucro imediato, não entraremos no carrossel de entradas e saídas de jogadores nem faremos parte do mercantilismo da atual política desportiva do Clube», afirmou.
Exigências institucionais e empresariais
Quanto ao pilar institucional, Manteigas prometeu que o Benfica "terá que assumir novamente a liderança do desporto em Portugal", recusando "um sistema que não prestigia o futebol português que se torna mais pobre época após época e que não reconhece a importância do Benfica".
«Meus caros Benfiquistas, asseguro-vos que seremos vigilantes da federação portuguesa de futebol e teremos voz ativa na liga, não há centralização que aguente sem o Benfica, não há ligas profissionais que aguentem com 36 equipas, por isso temos que exigir a reformulação dos quadros competitivos!», garantiu.
No que diz respeito ao pilar empresarial, Manteigas prometeu que o Benfica "será finalmente auditado de forma credível e transparente", com todas as 12 entidades da SAD à Fundação a serem "escrutinadas".
«Exigimos saber o que foi feito dentro da nossa própria casa e não teremos piedade por quem prejudicou ou não protegeu o Benfica. Por outro lado, já se sabe que a situação económico-financeira da SAD terá que ser reestruturada urgentemente», afirmou.
Romper com tudo e começar do zero
João Diogo Manteigas, que se apresenta como o primeiro candidato a anunciar a sua candidatura às eleições de 2025, garantiu que, se for eleito, pretende "começar do zero" e que não haverá lugar para ninguém da atual direção do clube.
«Temos uma equipa feminina espetacular e o masculino precisa do que o feminino tem. Não há outro caminho que não romper com tudo o que existe e foi feito e começar do zero e é o que vai acontecer», concluiu.