Contrariedades no arranque da época
A abertura da época desportiva 2024/2025 traz contrariedades para Rúben Amorim, que além de ter Matheus Reis e St. Juste, ambos castigados para o jogo da Supertaça, com o FC Porto, vê-se agora privado de Nuno Santos.
Como alternativa, é expectável que a escolha recaia sobre Geny Catamo que, assim, passa para o corredor esquerdo. O moçambicano mostrou-se em bom plano nos jogos de pré-época e, noutras ocasiões, já se ocupou do corredor esquerdo.
Esgaio perfila-se como escolha mais provável para ser titular na direita, não sendo de descurar que Fresneda pode surgir como fator surpresa.
Peça basilar no esquema tático
Nuno Santos, de 29 anos, que granjeia grande carinho por parte dos adeptos leoninos, é um dos jogadores com mais tempo de utilização desde que Rúben Amorim assumiu o comando técnico dos leões, e deu aval à sua contratação ao Rio Ave — em 2020/2021 cumpriu 2385 minutos (37 jogos), na época seguinte 2865 (50), depois 3361 (49) e na derradeira temporada jogou 3186 em meia centena de partidas — e tornou-se, inquestionavelmente, uma peça basilar no esquema tático da equipa técnica, em quem Rúben Amorim deposita a maior das confianças e a quem já teceu enormes elogios publicamente.
Motivado para o clássico
O cavalinho, alcunha pela qual é tratado pelo treinador, estava extremamente motivado para defrontar o FC Porto, tal como revelou em entrevista recente aos canais de comunicação do clube: «Vamos querer ganhar, tal como queríamos ganhar na Taça de Portugal. Será um jogo diferente, numa época diferente, o primeiro jogo a sério e nós vamos dar tudo para tentar vencer o FC Porto.»
Liderança no balneário
No balneário é também um jogador com peso. Durante o estágio no Barlavento Algarvio, mais concretamente em Lagos, antes da chegada do dinamarquês Hjulmand, Nuno Santos usou a braçadeira de capitão no jogo diante dos belgas do St. Gilloise (2-2), visitou o Centro Infantil de Odiáxere, onde distribuiu sorrisos e fez as delícias das crianças, assumiu o papel de ajudante a integrar os mais novos, após saídas de Coates, Adán e Neto — «As duras deixo para o Nuno [risos], eu trato-os bem, eles percebem perfeitamente o que é estarem aqui no Sporting», disse Trincão aos jornalistas — isto para dizer que Nuno Santos é uma baixa de vulto no plantel de Amorim, a vários níveis.
Lesão no ligamento lateral do joelho esquerdo
Assim que Nuno Santos caiu no chão, ao minuto 28 do jogo de preparação com os espanhóis do Sevilha, no derradeiro dia do estágio que os leões cumpriram no Algarve, soaram os alarmes. As mãos na cara, o esgar de dor e o olhar de preocupação de Rúben Amorim eram sinais de más notícias. O jogador ainda ficou no banco de suplentes a fazer gelo para aliviar o desconforto e travar a inflamação, para depois ser sujeito a uma primeira avaliação médica: lesão no ligamento lateral do joelho esquerdo, segundo apurou A BOLA.
O jogador saiu do Estádio Algarve com uma proteção na zona afetada, teve visíveis dificuldades em subir para o autocarro e, na passada quarta-feira, submeteu-se a exames médicos complementares que afastaram logo cenário de intervenção cirúrgica. Recorde-se que Nuno Santos já foi operado por duas vezes ao joelho em questão, o esquerdo. A primeira, em dezembro de 2015, quando jogava no Benfica, e depois, em julho de 2018, numa altura em que jogava pelo Rio Ave. Consequentemente, enfrentou duas longas paragens e, na passada terça-feira, o esquerdino temeu o pior, mentalmente viu o filme repetir-se. Contudo, esse cenário está afastado. Ainda assim, é certo que o ala não estará disponível para os primeiros jogos oficiais do Sporting.
O tempo de recuperação, tal como A BOLA oportunamente adiantou, pode variar entre três a quatro semanas, dependendo da evolução, sendo certa ausência no jogo com o FC Porto, o primeiro troféu em causa, nomeadamente a Supertaça, e depois no arranque da Liga, com os leões a estrearem-se com o Rio Ave, estando o encontro agendado para 9 de agosto, às 20.15 horas, em Alvalade.