A vitória do Benfica sobre o FC Porto por 4-1 não foi uma vitória qualquer para o Benfica. Nem a derrota do FC Porto com o Benfica foi uma derrota qualquer para o FC Porto. Este resultado é um daqueles que a erosão do tempo não fará desaparecer, como os 5-0 com que o FC Porto venceu o Benfica na época passada.
Para o Benfica, essa vitória era necessária neste momento, após um péssimo jogo com o Bayern na Liga dos Campeões. Esse jogo na Champions despertou «quem anda adormecido ou escondido do desporto de atirar ao Benfica e está sempre pronto para ter aprovações e gostos nas redes sociais, para ter cliques ou ter prazer com sorrisos de desdém», como afirmou uma fonte próxima do clube. Mas também originou reflexões sobre o Benfica ter sido «pequeno de mais contra um Bayern muito bom mas não tão bom como já foi há não muito tempo».
O que esta vitória significa para o Benfica
O que poucos ainda não terão percebido é que as decisões tomadas por Lage em Munique, como poupar jogadores, começaram a preparar o Benfica para vencer o clássico. A vitória sobre o FC Porto também serviu para «aplacar fúrias, dúvidas, críticas, instabilidade» que vinham desde março, quando os sócios e adeptos não podiam ver Roger Schmidt, apesar de ele continuar esta época, como explicou uma figura do clube.
Ao mesmo tempo, «sob o Benfica paira a incerteza das consequências da acusação de corrupção ativa». Portanto, esta vitória sobre o FC Porto, «pelo significado de afirmação contra o maior adversário em Portugal nas últimas décadas e pelo contexto das mais diversas dificuldades de que o clube teima em não se libertar, não foi uma vitória qualquer para o Benfica», realçou um comentador desportivo.
O que esta derrota significa para o FC Porto
Já para o FC Porto, a derrota com o Benfica «também despertou que andava adormecido ou escondido no desporto de atirar a Villas-Boas», segundo uma fonte do clube. O resultado «só prova que este novo FC Porto também está no princípio, ainda agrilhoado a um passado que pouco mais lhe permite do que gerir o presente», afirmou um antigo jogador portista.
Um início de época desafiante para os 3 grandes
Para o Sporting, a saída de Rúben Amorim para o Manchester United também é «um princípio». Apesar de o clube estar «mais bem organizado e ter método», nada é mais importante que as pessoas, como demonstrou o discurso de João Pereira na sua apresentação como novo treinador, que foi «bom na forma e no conteúdo», mas «foi só o princípio», como referiu um dirigente leonino.
Portanto, apesar de serem clubes tão diferentes, Benfica, FC Porto e Sporting têm enfrentado desafios semelhantes neste início de temporada, com vitórias e derrotas que marcam novos começos para cada um deles.