O presidente do Sporting, Frederico Varandas, recordou em entrevista os momentos-chave da sua gestão, incluindo a decisão de contratar Rúben Amorim como treinador e a polémica em torno de uma frase sua antes da final da Taça de Portugal.
Varandas revelou que a aposta em Amorim, que chegou ao clube em 2020 com uma cláusula de rescisão de 10 milhões de euros, foi uma decisão «marcante» e «acertada», apesar de ter sido «desaconselhado» na altura.
A contratação de Rúben Amorim
«Fui desaconselhado e ainda bem que fui. Foi uma decisão marcante. Teve muito a ver com a intuição, mas também com a parte racional», contou Varandas, que teve o apoio do diretor desportivo Hugo Viana na negociação.
«Tínhamos de começar com calma. Quando começamos a ver a fase de evolução do Rúben, perguntei ao Viana se dava para falar com ele. O Viana começa-se a rir. O Rúben tinha uma cláusula de 10 milhões. Eu e o Viana fomos ao Norte. O que é que eu senti? Primeiro, a parte racional. Depois, a parte intuitiva que sinto que é louca, mas o acreditar que o Rúben tem no olhar», acrescentou.
Festa do título no Marquês de Pombal
Varandas recordou também a celebração do título de campeão nacional em 2021 no Marquês de Pombal, em Lisboa, uma festa que o próprio confessou ter tido de rever na televisão por não se lembrar de tudo.
«Jamais vou esquecer o que vivi no Marquês. Há coisas que não me lembro tão bem, tive de ir ver à televisão. Ver um mar de gente a cantar. Aquele dia é para os jogadores, para os artistas. É viver o dia», revelou.
A polémica frase "vamos rebentar com eles"
O presidente leonino fez ainda questão de explicar a polémica frase «vãos rebentar com eles» que proferiu, num jantar privado, antes da final da Taça de Portugal que o Sporting acabou por perder para o FC Porto.
«Houve um caso bem recente onde saiu cá para fora uma comunicação minha, onde usei o termo vamos "rebentar com eles". Esse é o Frederico Varandas presidente dentro do Sporting, não o que está na tribuna. Houve muita gente ofendida. Pessoas que não percebem. O que ninguém viu ou vai ver sou eu a criticar um jogador publicamente. Mas ao longo do ano falo com vários jogadores a pedir para não terem certo comportamento. E isso também faço para motivar internamente os meus soldados», destacou.