Após a derrota do FC Porto na Noruega, Vítor Bruno, treinador interino da equipa, não escondeu a sua insatisfação com o resultado, mas assumiu a responsabilidade pela prestação da sua equipa. «Aqui ninguém resolve problemas sozinho, é tudo numa base coletiva. Assumo completamente a derrota e estou aqui para dar a cara», afirmou o técnico.
Apesar do desaire, Bruno garantiu que não há «arrependimento zero» em relação às escolhas feitas para o onze inicial. «Sou eu que trabalho com eles e sei o que me dão. Entendi que quer o Marko [Grujic], o [Iván] Jaime ou o Gonçalo [Borges] sei o que me dão, e penso que não foi por aí, pecámos no coletivo», explicou.
Aposta no coletivo
Vítor Bruno explicou que as substituições de Deniz Gul e Rodrigo Mora foram feitas no sentido de reforçar o coletivo da equipa, e não tanto para apostar no individual. «Foram dois que entraram na base coletiva da organização. Foi no contexto de dois contra dez, e depois mais tarde alguém como o [André] Franco para ter mais presença na área, com Samu e Gul na área com dez, foi mais nesse sentido e não tanto por eles», justificou.
Peso do favoritismo
O treinador do FC Porto reconheceu que o seu plantel não estava preparado para o peso do favoritismo na Liga Europa. «Se pudesse não chutava para canto, chutava para fora do estádio. É um peso demasiado elevado para um plantel jovem. Não faz parte da nossa mentalidade. Queremos é ganhar semana a semana. Pensar muito à frente era o primeiro erro e primeiro indicador», lamentou.
Olhar para o próximo jogo
Ainda assim, Vítor Bruno garantiu que não há tempo para «chorar no molhado» e que os campeões têm de «dar o passo em frente». «Já no domingo noutra competição. Os campeões têm de dar o passo em frente e não há tempo para chorar no molhado, ainda há muito tempo, mas temos olhar para o jogo de outra forma», concluiu.