Porto renegocia contrato com Ithaka até 2045 e obtém 50 milhões de euros
O diretor financeiro do FC Porto, José Pereira da Costa, concedeu uma extensa entrevista à edição de sexta-feira do jornal O Jogo, na qual destacou a importância da renegociação do contrato com a Ithaka, com vista à exploração comercial do Estádio do Dragão.
O acordo está agora alargado até 2045 e vai proporcionar ao clube um encaixe financeiro inicial de cerca de 50 milhões de euros, em oposição aos anteriores 40 milhões, e este valor poderá chegar aos 100 milhões de euros se determinados objetivos forem alcançados. No entanto, não foi tão simples como Jorge Nuno Pinto da Costa havia anteriormente assegurado.
Um "novo capítulo" com maior capacidade e solidez financeira
«Foi um processo longo. Ao contrário do que a anterior administração disse, não se tratava apenas de devolver o dinheiro, pois esse dinheiro nunca tinha efetivamente entrado. Não se tratava apenas de devolver o dinheiro e rescindir o contrato, porque havia cláusulas de saída bastante onerosas para o clube», começou por afirmar.
«A negociação a que chegámos foi possível porque também encontrámos muita flexibilidade por parte da Ithaka. Tendo em conta que iam entrar numa parceria de 25 anos com o FC Porto, queriam garantir que ficássemos confortáveis durante esse período», acrescentou.
Uma operação que, como frisou o dirigente azul e branco, «é bastante relevante», dada a realidade com que se deparou: «São 25% a mais, o que nos dá a possibilidade de entrar num novo capítulo em termos de pressões de tesouraria, que são grandes».
«Vamos entrar num novo capítulo, a operar como uma empresa normal, de uma forma diferente no mercado, com maior capacidade e solidez financeira, e também com os nossos parceiros a olharem para o FC Porto de uma forma diferente», concluiu.