Conselho de Disciplina da FPF instaura processo
O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) instaurou um processo disciplinar a Luís Gonçalves, administrador cessante do FC Porto, por factos ocorridos no clássico FC Porto-Sporting. O jogo terminou empatado por 2-2 e após o apito final registaram-se incidentes junto a um bar contíguo à tribuna presidencial do Estádio do Dragão.
O Sporting fez uma participação para o Conselho de Disciplina, denunciando que Luís Gonçalves agrediu a pontapé Alexandre Ferreira e ameaçou de morte Rodrigo Pais de Almeida, ambos elementos do Conselho Diretivo do Sporting. Os incidentes foram presenciados por várias figuras públicas, como Rui Caeiro e Pedro Proença, respetivamente diretor-executivo e presidente da Liga.
Multas ao FC Porto por comportamento incorreto do público
Além disso, o clássico contra o Sporting custou mais de 10 mil euros em multas ao FC Porto devido ao comportamento incorreto do público. Segundo o mapa de castigos do Conselho de Disciplina da FPF, os dragões foram penalizados não só pela pirotecnia que deflagrou em várias bancadas, mas também por insultos dirigidos ao Sporting e a Nuno Santos, ala dos leões. A multa maior, de 9.560 euros, teve a ver com o "uso de engenhos explosivos ou pirótecnicos", até porque o FC Porto já é reincidente nesta matéria.
Administração cessante mantém-se por questões financeiras
A razão pela qual a administração cessante de Pinto da Costa, composta por Fernando Gomes, Adelino Caldeira, Vítor Baía e Luís Gonçalves, não renuncia aos cargos está relacionada com questões financeiras. Segundo apurou o jornal A Bola, os cinco administradores irão auferir até final do mês cerca de 250 mil euros, entre salários e ajudas de custo.
André Villas-Boas, recentemente eleito presidente do FC Porto, pretende que o CFO Pereira da Costa seja cooptado o mais cedo possível para a SAD com poder executivo, por forma a inteirar-se de dossiês importantes como os negócios com a Ithaka, relativos à venda dos direitos comerciais do Estádio do Dragão, e o processo relativo à construção da nova academia da formação na Maia, entre outros assuntos. No entanto, a vontade do novo presidente esbarra na súbita decisão tomada em conjunto pelos administradores cessantes em não apresentarem as respetivas demissões neste momento, dificultando sobremaneira a vontade de a equipa liderada por André Villas-Boas assumir de forma célere todas as pastas do clube e da SAD.