Debate Sobre Propriedade de Terrenos para Academia do FC Porto na Maia Inclui Figuras Conhecidas e Posicionamento Político

  1. Vereador do PS levanta incertezas sobre aquisição de terrenos pelo FC Porto
  2. Presidente da autarquia destaca independência da Câmara em relação ao projeto
  3. Proposta aprovada com votos contra do PS e ratificação aguarda em Assembleia Municipal

O vereador do Partido Socialista (PS), Francisco Vieira de Carvalho, levantou questões sobre a propriedade de terrenos na freguesia de Nogueira e Silva Escura, desejados pelo FC Porto para a construção da academia de formação. Durante a sessão do executivo da Câmara Municipal da Maia, que aprovou a alienação em hasta pública de uma área de 140.625 m² de terreno, Vieira de Carvalho expressou incertezas sobre a aquisição dos terrenos pelo clube azul e branco.

«Como as notícias agora são muitas, fala-se que o FC Porto começou as obras, que é dono de vários espaços já. Já terá comprado 90 e tal mil metros quadrados. Ao que eu ouvi, é tudo uma história, porque, quem de facto comprou, foi uma empresa de Braga que se chama ABB. Foi quem comprou os tais hectares que o FC Porto diz que são dele. Ou seja, não sabemos bem quem é o dono de quê ou quem fica com o quê. Está perfeito lúcido para todos que o uso vai ser da FC Porto SAD, pelo menos é isso que é público, agora, quem vai ser o dono, quem faz a construção ou quem arrenda ao público, pelo que tenho visto e é público, não é o FC Porto que faz, são pessoas externas», afirmou Vieira de Carvalho.

Presença de Figuras Conhecidas no Negócio

O vereador do PS também mencionou a presença de figuras conhecidas no negócio, incluindo João Koehler, candidato a vice-presidente do FC Porto, e Pedro Pinho, empresário ativo na região do Porto. Vieira de Carvalho destacou a importância de esclarecer a transparência do processo: «Sei que há duas pessoas, gestores, de quem nada tenho contra, que estão envolvidos neste processo. Um é o novo candidato a 'vice' do FC Porto, João Koehler, que é um distinto gestor da praça do Porto, estará metido neste negócio. Se for comprado por alguém que faça a obra e depois arrenda ao FC Porto por um preço alto, estamos aqui a ver negócios da China. Depois, há um outro empresário que tem estado aqui muito ativo, também muito conhecido junto do Porto, que é o Pedro Pinho, que também, pelos vistos, estará aqui com o [Gaspar] Borges e com o Koehler em conjunto, para que isto seja feito».

Reação do Presidente da Autarquia

Por outro lado, o presidente da autarquia da Maia, António Silva Tiago, reagiu às preocupações levantadas, afirmando que a Câmara «não pediu nada nem vai fazer nada para ninguém» em relação à construção da academia do FC Porto. Silva Tiago destacou a independência da autarquia em relação ao projeto: «A Câmara não pediu nada nem vai fazer nada para ninguém, se não quiserem fazer na Maia eu fico na mesma. O projeto vive sem nenhuma academia, seja a do FC Porto ou a do Boavista. Não há plano A nem há plano B. O que fazemos é sermos entidades responsáveis para que as coisas aconteçam bem. O que tem de fazer é comprar o terreno da Maia».

Posicionamento dos Partidos na Câmara Municipal

A proposta de alienação dos terrenos para a construção da academia do FC Porto foi aprovada com o voto contra dos vereadores do PS, que consideraram o valor base da venda dos 18 lotes rústicos baixo. A proposta passou com os votos da maioria PSD/CDS. O processo agora aguarda ratificação em Assembleia Municipal, que ocorrerá na próxima segunda-feira, antes do início do período de licitação.

Conclusão e Reflexão sobre o Desenvolvimento Municipal

Em resumo, a questão da propriedade dos terrenos desejados pelo FC Porto para a construção da academia de formação na Maia levantou debates e incertezas, com o vereador do PS questionando a aquisição dos terrenos pela ABB, uma empresa de Braga, e destacando a presença de figuras conhecidas no negócio. Por outro lado, o presidente da autarquia reiterou a posição de neutralidade da Câmara em relação ao projeto, enfatizando a importância da transparência e responsabilidade nas decisões relacionadas com o desenvolvimento do município.

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