Na última terça-feira, os adeptos da Real Sociedad viajaram para Lisboa para apoiar a sua equipa no confronto contra o Benfica. No entanto, a jornada até ao Estádio da Luz foi marcada por dificuldades e frustrações.
De acordo com o jornal 'Notícia de Gipuzkoa', os apoiantes bascos receberam a recomendação do clube para utilizar os transportes públicos. No entanto, encontraram várias dificuldades ao chegar ao local do jogo.
Um dos problemas relatados pelos adeptos foi a falta de máquinas de venda de bilhetes em funcionamento. Aitor, um dos adeptos, afirmou: 'Se houvesse sete máquinas de venda de bilhetes, cinco estavam avariadas. Além disso, a informação prestada era deficiente, o que dificultou ainda mais a nossa situação'.
A situação piorou quando os adeptos chegaram à estação do Colégio Militar. Vários relataram terem ficado retidos nas galerias por cerca de 20 minutos, sem qualquer explicação. 'Ninguém nos explicou nada. Pensávamos que os adeptos locais estariam do lado de fora, mas nenhum polícia nos deu explicações', lamentou Aitor.
Txema Díaz, que viajou com a família, descreveu a situação como angustiante. O seu filho, Aimar, de apenas 11 anos, ficou muito perturbado com a situação. 'O miúdo começou a chorar e eu fiquei sobrecarregado. Havia muita gente, não nos podíamos movimentar e não havia segurança. Parecia que podia haver uma avalanche a qualquer momento', desabafou Texma.
Os problemas continuaram na entrada do estádio. Alguns adeptos chegaram às bancadas com o jogo já em andamento, devido ao dispositivo de segurança. Jon Hidalgo relatou: 'Retiveram-nos durante 50 minutos. O problema é que tínhamos de passar por uns quatro filtros policiais e eles só nos deixavam passar em pequenos grupos. Imagine conseguir isso com 3 mil pessoas, era impossível avançar'.
Apesar das queixas, os adeptos reconheceram que as regras da Liga dos Campeões foram cumpridas. No entanto, exigiram uma melhor organização e condições para os futuros jogos. Hidalgo destacou: 'As revistas também foram bastante pesadas'.
Esta não é a primeira vez que há queixas de adeptos que se deslocam ao Estádio da Luz. No ano passado, apoiantes do Maccabi Haifa e do PSG também denunciaram revistas abusivas para acederem às bancadas.
