Quando o Ministério Público vê o crime de oferta indevida de vantagem, Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, considera ter apenas existido uma «mera assistência financeira» para que o Vitória de Setúbal se mantivesse competitivo. Esta será a principal linha de defesa de Vieira no chamado processo dos emails, no qual também é suspeito de fraude fiscal.
Em junho, quando foi interrogado no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, Luís Filipe Vieira foi confrontado com as suspeitas de um «plano» que visava «o objetivo de realizar atribuições financeiras com elevado valor pecuniário ou de ativos com valor desportivo» ao Vitória de Setúbal SAD. Num despacho, as duas procuradoras do Ministério Público que estão, há vários anos, a investigar o caso confrontaram Vieira com vários exemplos de jogadores negociados com o Vitória de Setúbal sem racionalidade económica e desportiva.
Segundo Vieira, estes tipos de apoios financeiros a clubes mais pequenos «são prática comum em países como Alemanha e Itália, onde os gigantes do futebol ajudam os clubes menores a manterem-se competitivos».