A rejeição das contas do Benfica na Assembleia Geral de sexta-feira, com 53,63% dos sócios a votarem contra, reflete um clima de tensão e oposição que o presidente Rui Costa enfrenta no clube. O resultado negativo de €21,1 milhões no exercício de 2023/24, ligado a um prejuízo de €31,4 milhões na SAD, preocupa os sócios e a direção, embora possam existir justificações e fórmulas de correção.
No entanto, o impacto desta rejeição está amplificado pelo ambiente de «guerra fria» que a oposição alimenta, com vista às eleições de 2025. Rui Costa tem sido alvo de «ataques hostis, alguns pessoais», como reconhece o próprio. Embora se elogie que não queira «descer a esse nível», o presidente do Benfica deve ter consciência de que precisa «entrar em campo» para enfrentar esta oposição.
A reação de Rui Costa
Na intervenção final da Assembleia Geral, Rui Costa recorreu à ironia para falar das demissões de Fernando Seara e Luís Mendes, vincando que o antigo número 2 foi o único que saiu «em discordância» com a política seguida na Luz. Este poderá ser o momento certo para Rui Costa sair do «silêncio» em que se rodeou e iniciar uma «campanha» mais ativa, estando mais presente junto dos sócios e falando «olhos nos olhos» com a «larga maioria» que faz a diferença em eleições.
O futuro de Rui Costa
Ainda jovem na presidência, Rui Costa já conquistou muito, mas também cometeu erros. Tendo em conta os ataques que tem sofrido, «estará a chegar o momento de dar um murro na mesa e mostrar aos benfiquistas que ele pode ser o homem certo para continuar a liderar». Caso contrário, Rui Costa pode optar por não se recandidatar, o que também seria uma decisão legítima.