Apesar da expressiva vitória do Benfica sobre o FC Porto, os adeptos benfiquistas não se sentem tranquilos. A vitória, a mais clara em muitos anos, é importante por ter sido sobre um adversário que nas últimas décadas tem festejado amiúde no Estádio da Luz. No entanto, a recente derrota contra o Bayern para a Liga dos Campeões, ainda que esperada contra um colosso europeu, deixou marcas.
«Uma derrota que não era improvável contra um colosso europeu, que não foi por goleada ou massacrante submissão. Tão-só uma exibição má – ok, bastante má… -, sem que tivesse sido, como antigas glórias do Glorioso apelidaram, desrespeitosa da história do clube», como referiu um adepto.
A sombra de Vieira
A hipersensibilidade dos adeptos benfiquistas ao desaire da equipa de futebol do Benfica deve-se à «contestação por algumas fações relevantes da massa adepta e associativa» à gestão de Rui Costa, a qual «coloca a equipa em permanente fio da navalha, incluindo o seu recente treinador, Bruno Lage, que não escapa a precária estabilidade».
«Criada pelos próprios benfiquistas», a «luta pelo poder e luta contra o poder» justifica «a provocação e o desejo da derrota». No entanto, como realça um antigo jogador do Benfica, «nunca um clube, ou nada nunca, são ou serão grandes quando os seus são pequenos».
Uma derrota aceitável
Apesar da exibição «bastante má» contra o Bayern, a derrota foi «aceitável» e «seguida de uma resposta positiva» na vitória sobre o FC Porto, «talvez surpreendentemente positiva, considerando o oponente e o historial caseiro deste clássico».
Desta forma, os adeptos benfiquistas, ainda que satisfeitos com o resultado, mantêm-se hipersensíveis devido à instabilidade provocada pela contestação à liderança do clube.