A fase de instrução da «Operação Pretoriano» terminou hoje, depois de terem sido ouvidos mais dois arguidos, Carlos Nunes (Jamaica) e José Pedro Pereira, os últimos a manifestarem vontade de falar à juíza de instrução.
O objetivo destes dois arguidos, tal como os restantes sete que pediram a abertura de instrução, foi tentar convencer a magistrada da falta de fundamento da acusação para os levar a julgamento.
A juíza de instrução vai decidir agora sobre a audição de testemunhas que, numa primeira fase, recusou mas terá de justificar. Cristiana Carvalho, defensora de Fernando Saul, tem a esperança de resposta positiva no que concerne à audição da mais importante testemunha: Pinto da Costa, cuja idade e estado de saúde justificam, diz a causídica, que seja já ouvida, para memória futura.
Ainda sem datas marcadas, as várias defesas acreditam que os trabalhos continuem já na próxima semana. Faltam o debate instrutório, alegações e decisão final. Esta ditará se e quem vai a julgamento. O prazo para tudo estar concluído termina a 7 de dezembro - a não acontecer, implica a libertação imediata de Fernando Madureira por excesso de prisão preventiva, situação em que se encontra desde 31 de janeiro. «O antigo líder dos Super Dragões negou na sua audição as agressões, ameaças ou coação que lhe são imputadas pelo Ministério Público na "Operação Pretoriano" e que mantém "amor e gratidão a Pinto da Costa"», disse o mesmo.