Um lugar de "coxo" que se tornou crucial
O lugar de lateral-direito no Benfica tem sido um desafio nos últimos anos. Fredrik Aursnes, que chegou do Feyenoord, parecia ter-se tornado o titular nessa posição, enquanto Tiago Gouveia se esforçou na pré-época para se afirmar. No entanto, a posição de lateral-direito já foi vista como "o lugar do coxo" no futebol português, ou seja, um lugar onde qualquer um podia jogar, pois não exigia grande habilidade, apenas competência e esforço.
Porém, o futebol evoluiu e os laterais são agora peças fundamentais, como demonstra Pep Guardiola, que gastou milhões nessa posição no Manchester City. Nesse contexto, o Benfica contratou Issa Kaboré, um jogador emprestado pelo Manchester City, para resolver a posição de lateral-direito.
Um empréstimo que divide opiniões
A chegada do jogador marfinense já foi alvo de críticas, com alguns a considerarem que o negócio é uma "solução de recurso" ou "um negócio fora da estratégia ideal". Nas palavras de um comentador, «Se Issa Kaboré não render em campo, o scouting do Benfica falhou. Se tiver, o negócio foi mau por não ter cláusula de compra».
Mesmo assim, o autor reconhece que, perante clubes com maior poder económico, o Benfica por vezes tem de recorrer a "soluções temporárias e às soluções possíveis". O texto também aborda o caso de El Ouahdi, emprestado pelo Benfica ao Genk, defendendo que se o jogador marroquino fizer uma boa temporada, poderá ser visto como uma "incapacidade negocial" do Benfica.
Apesar das críticas, o autor defende que o Benfica tem de ganhar títulos e, por vezes, tem de usar "o que nos dão para se vencer". O "mal menor", portanto, mesmo que outras soluções pudessem ser melhores, nas palavras do comentador: «O Benfica tem de ganhar títulos e é por isso que não vejo mal num empréstimo "à antiga". Outras soluções poderiam ser melhores? Sim, mas por vezes tem de se usar o que nos dão para se vencer. O mal menor, portanto.»