O médio argentino Alan Varela, uma das grandes revelações do FC Porto na época passada, concedeu uma entrevista à ESPN onde abordou diversos temas relacionados com a sua carreira e experiência no clube português.
Apesar da rivalidade entre os dois clubes, o jogador ficou surpreendido com a humildade demonstrada pelo compatriota Ángel Di María, jogador do Benfica. «Joguei duas vezes contra Di María e fiquei muito surpreendido com a humildade dele. Cumprimentou-me como se me conhecesse há muito tempo e isso é uma loucura. Para um argentino, o Ángel cumprimentar-te como se fosses um amigo é muito bonito. Admiro-o. É um dos melhores jogadores da seleção argentina», revelou Varela.
Uma das vozes do balneário
Outro tema abordado foi a sua promoção ao lote de capitães do FC Porto. Varela considerou um «privilégio enorme» usar a braçadeira de capitão do clube, algo que também lhe aconteceu no Boca Juniors: «É um privilégio enorme usar a braçadeira de capitão do FC Porto, ser reconhecido desta forma é muito bom. Também me aconteceu no Boca e é algo único.»
O médio argentino destacou ainda a importância dos títulos conquistados: «Todos os títulos que ganhei são importantes, os dois que ganhei no FC Porto foram muito importantes». Varela também salientou o carinho dos adeptos portistas, afirmando que «os adeptos do FC Porto gostam de mim talvez pela minha maneira de ser, pela minha maneira de jogar... Tento deixar tudo em campo para que as pessoas se sintam felizes e vão para casa felizes».
O sonho de representar a Argentina
Questionado sobre o mercado de transferências, Varela mostrou-se tranquilo, apesar de admitir o desejo de jogar numa liga tão importante como a Premier League: «Temos sempre vontade de melhorar e dar o salto para uma liga tão importante como a Premier League, mas estou tranquilo. Tento trabalhar o mais possível e o momento chegará quando chegar.»
O sonho de representar a seleção principal da Argentina é outro dos objetivos de Varela. Apesar de ter estado perto de participar nos Jogos Olímpicos, uma mudança de direção na seleção argentina impediu-o de concretizar esse sonho. Ainda assim, Varela mantém a esperança de ser convocado por Lionel Scaloni: «É um dos meus principais objetivos, tenho de continuar a trabalhar, a dar o meu melhor. Espero que, mais cedo ou mais tarde, consiga ser convocado.»
O Boca Juniors como início e fim
Por fim, Varela revelou que o seu ídolo de infância era Román Riquelme, lenda do Boca Juniors, e que o seu sonho é poder regressar ao clube argentino no futuro: «O Boca foi o início e espero que seja o fim. O meu sonho é poder voltar, não sei quando será, mas sonho voltar ao Boca.»