O Casa Pia chega à 11.ª jornada da Liga depois de um empate em Vila do Conde e procura confirmar o bom momento antes da paragem para os compromissos das seleções. João Pereira, treinador da equipa de Lisboa, encarou o jogo com o Farense como uma «oportunidade» para «dar um passo em frente» rumo à metade superior da tabela classificativa.
Oportunidade para «dar um passo em frente»
«O jogo dá-nos essa oportunidade de dar um passo em frente em relação ao que nós queremos, se queremos aproximar-nos ou estar na metade de cima da tabela, ou estar na metade de baixo sabendo que, de certa forma, estamos numa posição que pode deixar agrado em relação ao que têm sido as últimas épocas ou o que é o nosso primeiro objetivo [a manutenção]», admitiu o técnico, em conferência de imprensa.
João Pereira lembrou a mudança técnica operada no Farense, com a entrada de Tozé Marreco para o lugar de José Mota, e espera por isso dificuldades na partida. «Vê-se um Farense com 'nuances' diferentes, não vou dizer mais organizado, porque as equipas de José Mota são, para mim, bastante organizadas. O Farense é uma equipa que mudou de treinador, mudou as suas ideias e a abordagem ao jogo também», recordou.
Benfica com «pouco ou nada» de recuperação
Apesar de reconhecer a boa imagem deixada pelo Farense na jornada anterior, frente ao Benfica, o treinador do Casa Pia salientou a falta de descanso dos 'encarnados', que tinham pela frente uma jornada europeia, de Liga dos Campeões, dias depois. «É verdade que jogou bem contra o Benfica, mas também é verdade que jogou contra um Benfica que pouco ou nada teve em termos de recuperação, tal como o Estrela da Amadora jogou contra o Sporting, daí eu também enfatizar ainda mais o que disse no pós-jogo, contra o Rio Ave em relação ao que é jogar bem», analisou.
Regresso de Kraev à seleção da Bulgária
João Pereira comentou ainda o regresso de Kraev à seleção da Bulgária, afirmando que o médio «está muito feliz» e que o seu chamado é «mérito do trabalho dele». «Tem sido regular, sabe que não esteve tão bem no último jogo. Estamos a falar de um jogador que joga 90 sobre 90 minutos», elogiou.
O técnico de 32 anos mostrou-se agradado com o trabalho que os seus jogadores têm vindo a realizar, apesar de ainda não terem conseguido uma «fase de vitórias». «Estamos a construir um grupo forte, independentemente das diferenças e individualidades dos nossos jogadores. O último jogo deixa claro o quanto esta equipa tem para crescer. Ainda não conseguimos essa tal fase de vitórias, queremos muito isso e manter a baliza a zeros», frisou.