A Sporting SAD realizou na noite desta segunda-feira a sua Assembleia Geral anual, marcada pela aprovação de um conjunto de propostas relacionadas com a remuneração da administração e o desempenho financeiro e desportivo do clube.
O ponto mais polémico da ordem de trabalhos prendeu-se com a atribuição de prémios aos membros executivos do Conselho de Administração, nomeadamente ao presidente Frederico Varandas.
Prémios milionários para a equipa executiva
Tendo em conta esse desempenho desportivo e financeiro, aplicou-se a forma que foi aprovada há 12 meses e a remuneração variável que foi, obviamente, aprovada e agora será distribuída. mas, repito, é uma remuneração que se reporta ao desempenho desportivo e financeiro da época passada, a época que terminou a 30 de julho, explicou o presidente da Mesa da Assembleia Geral, Bernardo Ayala, aos jornalistas no final da reunião.
Segundo Ayala, este prémio está relacionado com a conquista do título de campeão nacional, o apuramento para a Liga dos Campeões, a chegada aos oitavos de final da Liga Europa e, no plano financeiro, o lucro de 12,1 milhões de euros apresentado no último exercício, o terceiro ano consecutivo com resultados positivos.
Nova política de remunerações até 2027
Até aqui as políticas de remunerações têm figurado apenas por um ano, porque estávamos ainda numa fase de aprimoramento, de aprendizagem, de afinação. Entendemos que atingimos um ponto de maturidade já avançado e, portanto, a Comissão de Acionistas submeteu a aprovação a uma política de remunerações válida até ao fim deste mandato, acrescentou o responsável.
Neste âmbito, Frederico Varandas verá o seu salário fixo anual aumentar de 240 para 300 mil euros, podendo ainda receber até 300 mil euros em bónus, o que significa que poderá ganhar até 600 mil euros por época. Já os administradores Francisco Salgado Zenha e André Bernardo passarão a ter uma remuneração fixa de 225 mil euros e uma variável de igual montante.
Novas emissões obrigacionistas até 100 milhões de euros
Outro ponto importante da reunião prendeu-se com a autorização concedida ao Conselho de Administração para realizar uma ou mais emissões obrigacionistas até ao montante máximo global de 100 milhões de euros, a ter lugar nos anos de 2024, 2025 e 2026.
Segundo Bernardo Ayala, esta medida poderá servir para ressarcir empréstimos que atingem a sua maturidade já durante este ano civil, mas também em 2027.