A última AG da SAD do Sporting, que decorreu recentemente, tem sido objeto de discussão entre os acionistas do clube. Enquanto Bernardo Ayala, presidente da Mesa da Assembleia-Geral da SAD, afirmou que a reunião ocorreu sem grandes questionamentos, os acionistas têm uma visão diferente do evento.
Em conversa com o jornal O JOGO, alguns acionistas afirmaram que foram feitas perguntas e apresentadas discordâncias em relação à política financeira e à pressa em fechar o capítulo das VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) sem outro desconto por ação. Além disso, eles condenaram a falta de transparência dos documentos oficiais, ressalvando que não foi mencionado explicitamente que cada ação foi recuperada por 30 cêntimos.
A postura do administrador financeiro do clube, Salgado Zenha, também foi alvo de críticas. Segundo os acionistas, Zenha respondeu repetidamente com a frase 'a pergunta está fora da ordem dos trabalhos', acelerando o processo da AG, mas não permitindo que os acionistas se sentissem devidamente esclarecidos. Entre as questões não respondidas, destaca-se a entrada de um investidor, nomeadamente o Chelsea.
Em relação ao empréstimo obrigacionista de 50 milhões de euros, os acionistas afirmam que uma pergunta foi feita em relação ao texto da proposta, contradizendo assim a afirmação de Ayala de que não foram feitas perguntas sobre esse ponto da ordem de trabalhos.
Na AG estiveram presentes 13 acionistas, e a Holdimo não compareceu. A conversão dos VMOC e o empréstimo obrigacionista foram aprovados por larga maioria, representando 99,98% dos votos dos presentes na reunião.
É importante destacar que o Sporting detém hoje 88% da sua SAD, o que contribuiu para a aprovação das decisões mencionadas na AG.