Profissionais da GNR lamentam que os seus protestos só tenham tido atenção "por causa do futebol"

  1. Os protestos dos profissionais da GNR ganharam destaque devido ao adiamento do jogo entre Famalicão e Sporting
  2. Os profissionais da guarda exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária
  3. A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança já escreveu ao primeiro-ministro sobre a "situação limite"
  4. Houve tentativas de entrega de armas de serviço como forma de protesto, mas essas ações não foram concretizadas

No último fim de semana, o jogo de futebol entre o Famalicão e o Sporting acabou não acontecendo devido a problemas de segurança associados aos protestos dos profissionais da GNR. Esses protestos têm ganhado destaque nas últimas semanas devido à insatisfação em relação às tabelas remuneratórias, que não foram atualizadas desde 2009. No entanto, o que chamou a atenção do governo foi justamente o caos causado pelo adiamento do jogo.

José Miguel, vice-presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG-GNR), expressou sua frustração com a situação: "Mandámos uma carta a avisar que estávamos a atingir um ponto de saturação. Fomos milhares nas ruas, em capitais de distrito, a protestar, e o silêncio foi total. Entristece-nos que foi preciso um jogo de futebol para [o Governo] olhar para nós".

A presença de cerca de três centenas de polícias em frente ao Ministério da Administração Interna durante a reunião entre os responsáveis da PSP e GNR foi uma forma de mostrar solidariedade e união na luta por melhores condições remuneratórias e trabalho digno. José Miguel espera que os responsáveis máximos da PSP e GNR saiam dessa reunião com uma atitude determinada e com o fim desta luta justa.

No entanto, há preocupações em relação à possibilidade de mais jogos de futebol serem adiados devido à falta de policiamento. O jogo entre o Leixões e o Nacional também foi adiado devido à falta de condições de segurança. Questionado sobre essa possibilidade, José Miguel respondeu: "Ninguém nos deu atenção, agora tudo pode acontecer daqui para frente, mas sempre de forma ordeira".

Os profissionais da guarda exigem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, justificando que também desempenham um trabalho de grande importância e responsabilidade. Além disso, eles reforçam que as baixas médicas não devem ser postas em causa, pois representam o stress a que estão expostos no seu trabalho diário.

A plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança já escreveu ao primeiro-ministro sobre a "situação limite" dos profissionais da GNR e PSP, alertando para a possibilidade de extremar posições caso não haja resposta do Governo. A Plataforma dos Sindicatos da PSP e Associações da GNR manifesta preocupação com o que poderá ocorrer no futuro se as reivindicações não forem atendidas.

A direção nacional da PSP informou que houve tentativas de entrega de armas de serviço como forma de protesto por parte de alguns polícias, mas essas ações não foram concretizadas devido aos regulamentos da instituição. A plataforma reforça que as ações de protesto têm sido realizadas dentro dos limites da lei, mas antecipa que, se não houver uma resposta adequada, elas podem tomar proporções indesejáveis.

Esta situação coloca em evidência a importância de valorizar e reconhecer o trabalho dos profissionais da guarda, que enfrentam desafios diários para garantir a segurança e a ordem pública. É fundamental que o Governo atenda às suas reivindicações e ofereça condições justas de trabalho e remuneração.

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Fredrik Aursnes, a máquina do Benfica

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Óscar Rivas, a aposta segura de Rui Borges no Vitória

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Benfica vence Valadares por 3-0 e continua invicto na Liga BPI

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