Aposta na formação
Há pouco mais de dois anos, quando apadrinhou a assinatura do primeiro contrato profissional de Martim Fernandes com o FC Porto, João Pinto apontou-lhe «um futuro risonho» e capacidade para «ser titular da equipa principal» dos dragões. Volvido esse período, o histórico capitão dos azuis e brancos olha com satisfação para a afirmação do jovem lateral-direito.
«Muita gente já esperava, principalmente eu, este trajeto que o Martim tem feito», sublinha o recordista de jogos (587) na história do clube portista. João Pinto concorda que Martim Fernandes tem «a mística do FC Porto» por ser «um jogador nascido nas camadas jovens», que «passou por todos os escalões» até se fixar no patamar mais ambicionado por todos os aspirantes que representam o clube.
Adaptação bem-sucedida
A adaptação de Martim Fernandes à equipa principal e a forma como «conseguiu a titularidade, pelo menos neste início de época», já seriam suficientes para deixar João Pinto impressionado. No entanto, apresentar rendimento numa posição que não é a de raiz faz subir o nível de entusiasmo para outro patamar. «O que me deixou mais admirado foi ele adaptar-se bem quando foi opção do treinador para lateral-esquerdo. Num jovem de 18 anos, temos de dar mérito», explica o ex-defesa, reconhecendo no sucessor na posição «um potencial enorme».
Confiança do treinador
«É sempre muito difícil assentar numa equipa com o prestígio do FC Porto. Para isso, terá de ter o seu valor e o Martim, por aquilo que tem feito, pelo que já fez e pelo ainda vai dar, merece tudo e mais alguma coisa, porque é um rapaz humilde, filho de boa gente. E quando assim é, é meio caminho andado para se conseguir coisas boas, positivas e, acima de tudo, lutar por um lugar na equipa do FC Porto», sustenta João Pinto.
A camisola n.º 2
Por ser «um jogador nascido nas camadas jovens», que «passou por todos os escalões» até se fixar no patamar mais ambicionado por todos os aspirantes que representam o clube, João Pinto concorda que Martim Fernandes tem «a mística do FC Porto». Só por isso seria um bom candidato a envergar no futuro a mítica camisola 2, agora disponível com a saída de Fábio Cardoso para o Al Ain. Contudo, o homem que injetou simbolismo ao número não olha para isso como uma condição. «Não interessa se é com a camisola 2, 4 ou 5. O que interessa é que ele mantenha os níveis que tem conseguido até ao momento, porque é sinal de que o treinador tem confiança nele, e estou convencido de que irá continuar a trabalhar para isso», perspetiva o antigo lateral dos azuis e brancos.