Os auditores da SAD do FC Porto, Ernst & Young, destacaram uma incerteza material relacionada com a continuidade do clube, devido ao facto de o passivo corrente ser superior ao ativo corrente em 176 milhões de euros no primeiro semestre de 2023/24. Esta situação levanta dúvidas significativas sobre a capacidade do Grupo em manter-se em continuidade, conforme mencionado no relatório e contas.
Impacto do Estádio do Dragão nos capitais próprios da SAD
Uma parceria com uma empresa internacional para otimizar as receitas comerciais do Estádio do Dragão resultará numa participação financeira entre 60 e 70 milhões de euros, a ser realizada no 4.º trimestre do exercício. No entanto, o valor de mercado dos Cash-Flows gerados pelo Estádio está sujeito a revisão pela empresa de auditoria da SAD, a Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A.
No relatório e contas consolidado, a avaliação do Estádio do Dragão foi realizada por um avaliador independente e acreditado, resultando num impacto de 132,3 milhões de euros na reavaliação do ativo. Esta reavaliação contribuiu para um incremento nos Ativos fixos tangíveis e uma reserva de reavaliação que aumentou os Capitais Próprios em 132 milhões de euros.
O presidente do FC Porto mencionou que «o justo valor do Estádio do Dragão foi determinado pelo método Discounted Cash Flows (DCF)» e que a avaliação foi realizada por um avaliador independente e experiente, a Crowe Advisory PT. Esta reavaliação foi reconhecida no Outro Rendimento Integral do período («OCI»), conforme indicado no relatório e contas consolidado.