O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) deixou aberta a possibilidade de Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, claque do FC Porto, deixar a cadeia anexa à Polícia Judiciária do Porto para beneficiar da prisão domiciliária. No entanto, a residência onde será cumprida a prisão domiciliária não poderá ser na zona do Grande Porto.
Fernando Madureira ficou em prisão preventiva, uma semana depois de ter sido detido no âmbito da Operação Pretoriano. O juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira aplicou a medida cautelar mais gravosa a Madureira, bem como a Hugo Carneiro, conhecido por 'Polaco'. Por sua vez, Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, ficará sujeito à obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica.
As medidas de coação aplicadas correspondem à promoção feita pelo Ministério Público, que não pediu a prisão preventiva para os outros nove arguidos. A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos numa Assembleia Geral extraordinária do FC Porto, em novembro de 2023, nos quais a claque Super Dragões terá pretendido criar um clima de intimidação e medo.
De acordo com a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, estão em causa vários crimes, como ofensa à integridade física, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e atentado à liberdade de informação.