Jorge Correia, representante legal de António Moreira de Sá, um dos 12 detidos no âmbito da Operação Pretoriano, afirmou que o seu constituinte está disposto a prestar declarações ao juiz assim que os interrogatórios começarem. De acordo com Correia, Moreira de Sá não tem qualquer ligação com os restantes detidos e nega qualquer envolvimento numa alegada intimidação a André Villas-Boas.
Correia explicou que o incidente ocorrido na Assembleia Geral do dia 13 de novembro foi resultado de um desentendimento entre Moreira de Sá e Henrique Ramos, conhecido como Tagarela. O advogado referiu que existem situações anteriores que ajudam a explicar o incidente: "Há antecedentes e comportamentos posteriores que o meu cliente irá explicar ao juiz. Houve uma troca de argumentos relacionada com a proposta de alteração dos estatutos que causou tensão no ambiente".
Correia, que é membro do Conselho Superior do FC Porto, esclareceu que estava presente na polémica Assembleia Geral como sócio do clube: "Quem esteve lá percebeu que a situação descambou, mas isso já vinha das semanas anteriores, com uma troca de argumentos acalorada em relação à alteração dos estatutos do clube". O advogado descreveu Moreira de Sá como um sócio fervoroso há 26 anos, engenheiro e professor de matemática, que não tem cadastro.
A Operação Pretoriano, que investiga crimes de corrupção e tráfico de influências no futebol, continua em curso, e os interrogatórios aos detidos estão prestes a começar.