A candidatura de Nuno Lobo, um dos candidatos à presidência do FC Porto, está a solicitar o adiamento das eleições dos órgãos sociais do clube. Nuno Lobo pretende reunir-se com urgência com o presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Lourenço Pinto, para discutir a possibilidade de adiar o ato eleitoral.
A justificação para o adiamento deve-se à instabilidade interna e externa que tem afetado o clube. Nuno Lobo refere que a instabilidade causada pelas equipas em competição e pelos associados é um motivo válido para adiar as eleições.
Este pedido de adiamento surge no seguimento da detenção de 12 pessoas, entre as quais dois funcionários do clube e o líder da claque Super Dragões. A operação policial está relacionada com os incidentes ocorridos na última Assembleia Extraordinária do FC Porto.
Em comunicado, o Comando Metropolitano do Porto da PSP revelou ter apreendido droga, uma arma de fogo, dinheiro, automóveis, bilhetes para eventos desportivos e dispositivos eletrónicos no âmbito desta operação.
Nuno Lobo afirma que a sua candidatura não se revê nos acontecimentos recentes e considera que seria mais adequado adiar as eleições até que a situação se acalme. O candidato espera que a espuma destes dias desapareça antes de realizar o ato eleitoral.
Os detidos serão presentes a tribunal para interrogatório judicial e para a determinação das medidas de coação.
Apesar das detenções e da instabilidade, Nuno Lobo assegura que a sua candidatura nunca foi importunada ou condicionada pelos visados na operação policial.
Nuno Lobo e André Villas-Boas são os candidatos às eleições do FC Porto para o quadriénio 2024-2028. A data das eleições ainda não foi definida, mas espera-se que ocorram em abril. Pinto da Costa, atual presidente do clube, deverá formalizar a sua recandidatura no próximo domingo.