Benfica prepara-se para Assembleia Geral decisiva

  1. A próxima Assembleia Geral (AG) do Benfica será presidida pelo sócio 13.520, José Pereira da Costa
  2. Os novos estatutos do clube foram aprovados na generalidade, mas a discussão e votação na especialidade ficou suspensa
  3. Os sócios voltarão a votar as contas do clube, que foram chumbadas numa primeira reunião
  4. Um novo chumbo das contas representará uma 'humilhação' para o presidente Rui Costa

Assembleia Geral presidida por novo dirigente


A próxima Assembleia Geral (AG) do Benfica, marcada para esta sexta-feira, será presidida pelo sócio 13.520, José Pereira da Costa, que assumiu o cargo de principal figura da Mesa da Assembleia Geral após a demissão de Fernando Seara durante a última reunião magna, onde foram aprovados os novos estatutos do clube.

Apesar da aprovação dos novos estatutos na generalidade, a discussão e votação na especialidade ficou suspensa, com apenas algumas alterações aos artigos 4 e 9 aprovadas até ao momento. Segundo o comunicado da Mesa da Assembleia Geral, «assim que se verificarem os pressupostos necessários a retomar os trabalhos, nomeadamente a disponibilidade para ocupação dos pavilhões durante um sábado, será marcada a continuação da Assembleia».

Contas do clube voltam a votação


Nesta AG, os sócios voltarão a votar as contas do clube, que foram chumbadas numa primeira reunião. Porém, de acordo com os atuais estatutos, um segundo chumbo não terá outras consequências além de políticas, uma vez que não está prevista qualquer sanção para a Direção em funções. Essa situação mudaria se os novos estatutos, que determinam a queda da Direção em caso de reprovação das contas em duas AG's consecutivas, já estivessem em vigor.

Assim, um novo chumbo das contas representará uma «humilhação» para o presidente Rui Costa, mas apenas terá consequências, nomeadamente eleições antecipadas, se o próprio presidente o quiser. Isto significa que os grupos que se têm oposto à política de Rui Costa poderão usar este «voto de censura» sem terem de assumir a responsabilidade de «atirar» o clube para eleições, mantendo, no entanto, o presidente fragilizado.

Estratégia da oposição


Neste contexto, a oposição terá de ponderar cuidadosamente as suas estratégias, uma vez que, com o campeonato ainda no início e a equipa a dar sinais de recuperação, não será demasiado arriscado, a um ano de eleições, precipitar uma crise social no clube. Afinal, os sócios benfiquistas são, na sua maioria, conservadores e preferem a estabilidade, especialmente quando a equipa está a apresentar melhores resultados.

Além disso, a oposição terá de considerar a importância da chamada «maioria silenciosa» de sócios que não se alinham com nenhuma facção, bem como a influência da claque, que em muitas ocasiões estabelece o tom das reuniões da AG.

Reações de ex-dirigentes


Finalmente, a reação do presidente do Conselho Fiscal do Benfica, Fonseca Santos, também será um fator a ter em conta, especialmente depois da forma surpreendente como Fernando Seara se demitiu durante a última AG.

Entretanto, o antigo dirigente do BES, José Maria Ricciardi, reagiu às acusações de Luís Mendes, ex-vice-presidente do Benfica, de que o Sporting teria sido beneficiado em relação ao Benfica no processo de reestruturação financeira dos leões. Ricciardi afirma que a reestruturação foi proposta ao Benfica, mas que o clube da Luz recusou, alegando que tinha «muito dinheiro» e não precisava de nada. Portanto, segundo Ricciardi, o Benfica não pode agora «queixar-se» de ter sido prejudicado.

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  3. Vítor Bruno reconheceu que o menor tempo de recuperação face ao rival é «sempre um constrangimento»
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