Decisões arbitrais contestadas
O Casa Pia e o Farense empataram 1-1 num jogo da 11ª jornada da Liga, realizado no Estádio Municipal de Rio Maior. O encontro ficou marcado por algumas decisões polémicas da equipa de arbitragem, com os dois treinadores a mostrarem-se insatisfeitos com o trabalho do árbitro Carlos Macedo.
O treinador do Casa Pia, João Pereira, queixou-se que a sua equipa devia ter sido beneficiada com um penálti semelhante na jornada anterior, frente ao Rio Ave: «Não podemos aceitar este resultado, é isso que queremos criar, aqui ninguém está contente. Mas não estamos duplamente contentes porque quando chegamos a casa não sabemos o que devemos de explicar às nossas famílias. Tal como a semana passada há um penálti ao minuto 33, contra o Rio Ave, hoje, ao minuto 77, o Ruben Kluivert é completamente agarrado e só não vê quem não quer».
Do lado do Farense, Tozé Marreco também não ficou satisfeito com a decisão do penálti assinalado a favor do Casa Pia: «O golo do empate é um lance que eu tenho de ver muitas, muitas vezes… Mas é assim o futebol».
Golo de Elves Baldé
O Farense adiantou-se no marcador aos 8 minutos, com um golo de grande beleza apontado por Elves Baldé. O extremo algarvio recebeu a bola na intermediária, encarou o adversário e rematou com muita classe, batendo o guarda-redes do Casa Pia, Ricardo Velho.
Apesar do golo sofrido cedo, o Casa Pia não se deixou abater e conseguiu chegar ao empate aos 77 minutos, através de um penálti convertido por Cassiano.
Elogios à atitude do Casa Pia
Apesar da insatisfação com o resultado, João Pereira elogiou a atitude dos jogadores do Casa Pia: «O Farense chega à vantagem com um grande golo, provavelmente será o golo da jornada, e esse momento, um bocado contra a maré, acaba por nos condicionar um pouco o plano de jogo. Mas demos uma grande resposta ao nível da coesão da equipa, mantivemos a nossa personalidade e o nosso caráter».
Confiança do Farense
Tozé Marreco, treinador do Farense, mostrou-se agradado com a exibição da sua equipa na segunda parte, após o golo do Casa Pia: «A partir do empate, sim, começámos a fazer muito daquilo que queríamos fazer e parece-me que estivemos mais perto daquilo que temos de ser no futuro. Fomos organizados, foi difícil criarem-nos situações, mas só nessa altura é que fomos o que queremos».
Apesar do último lugar na classificação, Tozé Marreco tem a convicção de que os objetivos vão ser alcançados: «Estamos a trabalhar, a construir um modelo de jogo em cima da época, com uma equipa que vinha de seis derrotas, mas os rapazes estão a trabalhar nos limites e a equipa quer muito sair da posição em que está e estamos a somar».