Um atraso no voo de ida e uma jornada intensa
Pese embora não saiba responder com exatidão a esta pergunta - aponta, porventura, para assistir a um jogo na Bombonera -, de uma coisa tenho a certeza: dificilmente responderia «ver um jogo no estádio do Estrela Vermelha».
Ainda assim, depois de três dias em Belgrado, o jornalista do zerozero pode dizer com uma elevada dose de certeza que ter tido a oportunidade de cobrir o Estrela Vermelha-Benfica, a contar para a primeira jornada da presente edição da Liga dos Campeões, acabou por ser a concretização de um sonho.
Entrar no Estádio Rajko Mitic é viajar no tempo
Entrar no Estádio Rajko Mitic é sinónimo de viajar no tempo, de recuar quatro ou cinco décadas a partir do momento em que se ultrapassa os portões do recinto. Para além disso, o pouco que vi da cidade de Belgrado surpreendeu-me pela positiva, sendo este um aspeto que contribuiu para o facto de regressar a Portugal bastante agradado com esta experiência.
Uma visita ao «Padel Bros» de Lazar e Filip Markovic
Depois de uma tranquila noite de sono, acordou cedo na quinta-feira, dia do jogo, para realizar uma reportagem que vinha pensada/combinada desde Portugal. Depois de ter entrevistado Lazar Markovic antes de viagar, combinei com o irmão do internacional sérvio, o também ex-jogador do Benfica Filip Markovic, que iria visitar o clube de padel que a dupla abriu em abril do ano transato.
A dinâmica do local onde está instalado o 'Padel Bros' foi uma agradável surpresa, isto na medida em que é uma espécie de 'ilha do desporto'. Localizada no meio do rio Sava, o referido espaço conta com campos de futebol, basquetebol, golf, entre outros, e também com vários modalidades aquáticas.
Um encontro marcante junto a um McDonald's
Entrevista com Filip Markovic feita, escrita e publicada, pelo que seguiu para almoçar. À entrada da tal ilha há um McDonald's e acabou por se alimentar aí. Ainda que, à partida, este momento não seja relevante, a verdade é que deu de caras com uma situação que o marcou. No interior do estabelecimento estavam duas crianças, sendo que a mais velha devia ter à volta de oito anos e a mais nova cerca de seis.
Os dois meninos estavam a pedir comida e, já depois do grupo que fez o pedido lhes ter oferecido um hambúrguer, o Elmedni e o Raeja acabaram por se sentar numa mesa perto do jornalista. A barreira linguística não permitiu que a conversa fosse tão fluida como gostaria, mas percebeu que ambos são adeptos do Estrela Vermelha - «Crvena Zvezda 5 stars, Partizan 0»- e que o cão que estava à porta do restaurante era de Elmedni, o mais velho. Partilhou as suas batatas fritas com eles e despediu-se ouvindo um «Thank you, bro».
A experiência de entrar no Marakana
De barriga cheia, seguiu para o estádio do Partizan para conhecer o recinto e fazer algumas filmagens. 12 minutos depois, já estava no recinto do Estrela Vermelha. Os 770 metros que separam o centro dos relvados dos dois clubes permite que o trajeto seja feito de forma relativamente rápida, sendo que, depois, o objetivo era produzir o máximo de conteúdo possível.
Sentir o ambiente, fazer uma filmagens, conversar com um adepto do Estrela Vermelha que está emigrado na Suíça e depois sim, entrar no estádio e dirigir-se para a zona de imprensa.
Um estádio único, com adeptos fervorosos
Sendo certo que lhe pagam para fazer o melhor uso possível das palavras, a verdade é que é difícil descrever o que encontrou e o que sentiu. Em primeiro lugar, um estádio já bastante raro em termos de infraestruturas, com as bancadas abertas e a pista de tartan. De seguida, uns adeptos fervorosos, que não pararam de cantar durante 90 minutos, nem quando a sua equipa sofreu.
Um final de visita com mais encontros
O apito final chegou com um 2-1 para o Benfica, sendo que, depois da crónica ser publicada, faltava-lhe 'apenas' apanhar a conferência de Bruno Lage e a flash de Di María . Com isto tratado, regressou ao hotel, não sem antes ter tido a oportunidade de percorrer alguns metros do famoso túnel do Marakana. Senhoras e senhores, que experiência!
No regresso ao hotel, deu de caras com um casal e foi cumprimentado com um «Boa noite». A Inês e o João ouviram-no a dizer, no processo de despedida com o taxista, que é de Portugal, e fizeram questão de o receber em bom português. Estiveram uns minutos à conversa e foram descansar com a promessa que os receberia na redação do zerozero quanto estiverem por Gaia.