Sporting: Estrutura ou Amorim?

  1. A saída de Rúben Amorim do Sporting levantou dúvidas sobre a verdadeira origem do sucesso recente do clube
  2. Um mês e cinco jogos são curtos para avaliar a decisão de fazer subir João Pereira à equipa principal
  3. Após três derrotas consecutivas, o Sporting «voltou num ápice a ser o clube que foi nos últimos 50 anos: instável, pouco solidário, carregado de guerras de Alecrim e Manjerona»
  4. O lançamento de «um artefacto pirotécnico» contra os jogadores após a derrota na Bélgica «recordou a chuva de foguetes e petardos lançados há uns anos para cima da baliza de... Rui Patrício»

A saída de Rúben Amorim do Sporting levantou dúvidas sobre a verdadeira origem do sucesso recente do clube. Será que a recuperação leonina era apenas fruto da liderança do treinador, ou tinha raízes mais estruturais?

Nos primeiros resultados após a sua partida, a resposta parece ser clara: não era uma construção sólida, e tudo girava em torno das capacidades de Amorim. Mas será precipitado tirar essa conclusão tão cedo?

A saída de Amorim e a reação do Sporting


O Sporting «desmembrou-se e abanou muito mais que o desejável» com a saída de Amorim, «verdadeiro "cimento-cola" dos sucessos recentes». No entanto, «um mês e cinco jogos são manifestamente curtos para avaliar a decisão de fazer subir João Pereira à equipa principal». É importante dar tempo ao novo treinador para mostrar o seu trabalho.

Contudo, «o professor-juiz tempo nem sempre se dá bem com as emoções do futebol». Após três derrotas consecutivas, o Sporting «voltou num ápice a ser o clube que foi nos últimos 50 anos: instável, pouco solidário, carregado de guerras de Alecrim e Manjerona, com muita politiquinha e poucas políticas de verdade. Com muito fervor mas pouca união.»

O regresso aos velhos hábitos


O lançamento de «um artefacto pirotécnico» contra os jogadores após a derrota na Bélgica «recordou a chuva de foguetes e petardos lançados há uns anos para cima da baliza de... Rui Patrício». Esta «pirotecnia» é uma «das formas mais óbvias de os adeptos do Sporting comunicarem os seus estados de alma».

Se não houver «sangue frio», o Sporting «arrisca regressar ao passado, candidatando-se a ganhar campeonatos esporadicamente a cada 20 anos, que é o que lhe sucede desde o início da década de 80 do século 20.»

Conclusão


O futuro do Sporting dependerá de saber se a sua recuperação recente era apenas «obra coletiva e estruturada» ou se era «o resultado de uma conjugação de fatores, leia-se pessoas, leia-se Amorim e Hugo Viana». O tempo irá revelar se o clube consegue manter-se no caminho do sucesso ou se regressa aos velhos hábitos de instabilidade.

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Legado de Rúben Amorim no Sporting: a ascensão dos leões

  1. Rúben Amorim chegou ao Sporting em 2020 com 35 anos recém-completados
  2. Sporting conquistou o campeonato em 2020/21 e 2021/22, quebrando um jejum de 19 anos
  3. Amorim somou 164 vitórias em 230 jogos, com uma percentagem de 71% - uma das mais altas da história do clube
  4. A equipa de Amorim marcou 511 golos, a uma média de 2,2 por partida, superando os registos de treinadores como Jorge Jesus e Sérgio Conceição