Uma recuperação de nível superior
Daniel Bragança tem sido uma das figuras em destaque no Sporting CP esta temporada. Após uma grave lesão que o afastou dos relvados durante um ano, o médio de 25 anos voltou «melhor jogador», como garantiu o treinador Rúben Amorim.
«O Dani tem sido uma surpresa. Lesionou-se e voltou melhor jogador, o que é difícil. Já disse ao doutor que vamos fazer o que fizemos com o Dani também com os outros - estou a brincar, claro. Tem capacidade mental e com os pés diferente. É, se calhar, o jogador mais injustiçado desde que estou no Sporting. Merecia mais», elogiou Amorim.
Pronto para a Seleção Nacional?
Questionado sobre a possibilidade de ser chamado à Seleção A, Bragança mostrou-se um pouco hesitante, mas o técnico do Sporting não teve dúvidas em defender o seu jogador: «Acho que ele atingiu uma dimensão diferente do que estava à espera, tem capacidade para chegar à Seleção. Para mim é um titular, mas às vezes tenho de fazer gestão. Todos merecem jogar. Acho que fez por merecer o momento que tem, sofreu muito, mas voltou melhor jogador.»
Já Bragança, quando questionado sobre se jogar a Liga dos Campeões o pode aproximar da Seleção Nacional, respondeu com alguma cautela: «Se jogar a Champions me deixa mais perto da Seleção? É uma boa pergunta. Talvez... Claro que é um patamar superior, mas não sei bem responder... Acho que todos os jogos fazem a diferença. Talvez sim, talvez não.»
Uma responsabilidade especial
Apesar da cautela, o médio do Sporting reconhece que ser capitão da equipa é uma "responsabilidade acrescida" e um "orgulho". «Já tinha sido capitão na formação mas aqui tem um peso diferente, é especial mas com a mesma sensação que já tive», explicou.
Bragança está confiante para o jogo da Liga dos Campeões desta terça-feira, frente ao PSV Eindhoven. «A equipa está confiante. Mas acredito que a deles também. Têm sete vitórias no campeonato, como nós... Perderam na Champions e acredito que por isso estejam alerta, como nós estamos. O detalhe vai fazer a diferença e nós estamos preparados», garantiu.
Foco no coletivo
Sobre a possibilidade de bater recordes de golos e assistências, o médio leonino prefere não se focar nisso. «É mais fácil ter números quando a equipa joga bem e chega muitas vezes à área adversária. Podemos melhorar as nossas estatísticas porque vencemos, marcamos muitos golos, temos um caudal ofensivo bastante grande e isso ajuda e torna mais fácil os jogadores terem mais números. Mas o importante é continuar assim, se a equipa está bem os jogadores vão sobressair», explicou.
Depois de uma grave lesão que o afastou dos relvados durante um ano, Bragança está de volta ao palco da Liga dos Campeões, algo que considera "um prazer". «Este palco é de sonho para qualquer jogador, todos ambicionam jogar nesta competição. Para mim não é diferente, é aproveitar estes ambientes e jogos e tirar partido», confessou.