Treinador português apanhado de surpresa pela decisão do clube saudita
Luís Castro, treinador português de 63 anos, ficou surpreendido pelo despedimento do comando técnico do Al Nassr, da Arábia Saudita, ocorrido na última terça-feira. Apesar dos sinais e dos rumores que iam crescendo sobre a possibilidade de o clube saudita contratar o treinador italiano Stefano Pioli, em face dos resultados menos positivos da equipa de Cristiano Ronaldo no início de temporada, Luís Castro teve até ao último dia a garantia de que os dirigentes do Al Nassr confiavam no seu trabalho.
Goleadas e troféus conquistados não evitaram a saída
A 17 de agosto, dia em que foi derrotado pelo Al Hilal de Jorge Jesus na final da Supertaça saudita, começaram os rumores de que Luís Castro poderia estar de saída. Dois empates no arranque da Liga, com uma vitória pelo meio, não ajudaram ao cenário. Contudo, o treinador português continuou, sabe A BOLA, a receber indicações de que a aposta nele seguia firme e não teria o lugar em risco, pode ler-se.
Até que, na segunda-feira, sem Ronaldo, o Al Nassr empatou no Iraque a um golo com o Al Shorta, para a Liga dos Campeões Asiática. O nome do italiano Stefano Pioli já circulava pelas notícias árabes e intensificou-se. Antes da viagem de volta a Riade o técnico português não teve qualquer sinal de rotura. Entendeu, tal como sucedia desde meio de agosto, que se tratava de ruído em torno do clube e por isso foi assertivo na conferência de imprensa, quando confrontado com a possibilidade de sair. Poucas horas depois, já na Arábia Saudita, foi-lhe comunicado que não continuaria como treinador do Al Nassr. No dia seguinte (esta terça-feira), Pioli foi oficializado.
Números impressionantes não evitaram a saída
Luís Castro chegou ao Al Nassr no início da época passada e conquistou um troféu - a Taça dos Campeões do futebol árabe, frente ao Al Hilal. Na temporada 2023/2024 conseguiu 42 vitórias em 57 jogos, consentindo nove empates e seis derrotas. Nesse período o Al Nassr marcou 151 golos (média superior a dois por jogo) e sofreu 66.
Com base nestes números e no contexto, Luís Castro acreditava que tinha a confiança da administração e que as notícias em circulação seriam apenas tentativas de desestabilizar a equipa e, sobretudo, de procurar um eventual negócio de contratação de um novo treinador. Foi o que acabou por acontecer.