Após a recente assumpção dos destinos do FC Porto, André Villas-Boas já se encontra a implementar diversos cortes financeiros no clube. A delicada situação económica do clube portista obriga a administração a travar despesas e reduzir custos, cenário esse que André Pinotes Batista, conhecido associado do Sporting, acredita não impedir os «dragões» de serem «um concorrente de peso na luta pelos troféus na nova época».
«O André Villas-Boas não é um cordeirinho»
Pinotes Batista não poupa nas críticas a Villas-Boas, avisando os adeptos do Sporting que o novo treinador do FC Porto «não é um cordeirinho» como alguns pensam. «O André Villas-Boas parece um cordeirinho mas não é. O André Villas-Boas é um lobo. E o tempo o vai dizer. Aqueles adeptos do Sporting que acham que André Villas-Boas é um mole, que chegou à liderança do FC Porto, desenganem-se. Não é isso», afirmou.
O sportinguista considera que «o arrumar de casa de André Villas-Boas vai ser duro» e que «há uma vida nova no FC Porto que vai doer a alguns». «André Villas-Boas mesmo fazendo-se de cordeirinho, a nenhum dá abébias», analisou Pinotes Batista.
Desafio de maior envergadura que Pinto da Costa
Numa comparação com a situação vivida no Sporting, Pinotes Batista considera que «aquilo que André Villas-Boas tem para resolver não tem paralelo» e chega mesmo a afirmar que «Bruno de Carvalho deixou um legado a Frederico Varandas muito melhor, mas incomparavelmente melhor do que o que Pinto da Costa deixa» ao actual treinador do FC Porto.
De facto, a nova SAD do FC Porto tem percebido nos últimos tempos a dimensão do problema financeiro que herdou da gestão de Pinto da Costa. Há inclusive quem tenha emprestado dinheiro à SAD nos últimos meses, como é o caso do ex-vice-presidente Fernando Póvoas, que revelou que «são bem mais que dois milhões» os valores que emprestou.
Perante este cenário, há quem admita que André Villas-Boas terá de traçar um rumo no FC Porto semelhante ao que Frederico Varandas adotou no Sporting, implementando medidas de controlo de despesas e saneamento financeiro. O desafio que o novo treinador enfrenta parece, portanto, ser de maior envergadura do que aquele que Pinto da Costa legou aos seus sucessores.