O judoca Fran Garrigós, que conquistou a primeira medalha olímpica de Espanha em Paris 2024, está no centro das atenções, depois de ter garantido o bronze nos quartos de final frente a Ryuju Nagayama.
Primeiro, o atleta viu o adversário nipónico recusar-se a cumprimentá-lo no final do combate na categoria de -60 kg, depois foi alvo de ameaças vindas do Japão, de acordo com o treinador Quino Ruiz. «Enviaram-lhe mensagens do Japão um pouco desagradáveis e não entendo porquê, o Fran fez o trabalho dele. Não sei porque protestam. Disseram-lhe 'Não voltes ao Japão, não vais ser bem recebido', 'és uma vergonha'… Não têm razão», defendeu o técnico na zona mista.
No centro da polémica está o momento em que Garrigós estrangulou o adversário no solo, deixando-o inconsciente, e manteve a manobra depois da intervenção da árbitra, para críticas da equipa japonesa. «Os regulamentos dizem que quando estás numa luta no chão e estão a estrangular-te, se perdes a consciência perdes o combate, por ippon. A árbitra deu um 'mate' mal dado na minha opinião», alegou por sua vez o treinador do espanhol.
Já Garrigós explicou que manteve o gesto porque não ouviu a indicação da árbitra: «Deu mate e eu continuei, não me apercebi devido ao ruído.»