A chegada de André Villas-Boas à presidência do FC Porto revelou-se um desafio maior do que o esperado, com a nova administração a confrontar-se com uma situação financeira delicada herdada da gestão de Pinto da Costa.
De acordo com o antigo vice-presidente Fernando Póvoas, o clube deve-lhe «bem mais do que dois milhões» de euros, dinheiro que emprestou «a zero juros» nos últimos meses. «São bem mais do que dois milhões», afirmou Póvoas ao Correio da Manhã.
Esta não é a única dívida que a nova direção terá de enfrentar. O FC Porto enfrentou durante anos as restrições do fair-play financeiro da UEFA, o que limitou as opções da equipa, apesar dos sucessos desportivos alcançados sob o comando de Sérgio Conceição.
Agora, com a saída de Pinto da Costa após 42 anos à frente do clube, Villas-Boas terá de lidar com este legado financeiro para poder constituir um plantel competitivo para a nova temporada. Segundo relatos, os antigos administradores terão entregado «dossiês muito limpos e tudo organizado» à nova direção, numa tentativa de facilitar a transição.
No entanto, Villas-Boas já admitiu que terá dificuldades financeiras para reforçar o plantel, num momento em que o clube espera receber verbas da UEFA que serão, em parte, canalizadas para saldar dívidas acumuladas nos últimos anos. A tarefa de reconstruir financeiramente o FC Porto será um dos principais desafios que o novo presidente terá de enfrentar nos próximos meses.