Em conferência de imprensa, o candidato Luís Cirilo Carvalho, que concorre pela lista A às eleições do Vitória de Guimarães marcadas para 1 de março, alertou para «números preocupantes» na vertente financeira do clube e considerou que o rumo atual pode levar os associados a confrontarem-se com «o risco de venda da maioria do capital da SAD», da qual o Vitória detém 67,87% das ações.
Caso seja eleito, Cirilo Carvalho prometeu realizar «uma auditoria a sério» no clube, criticando ainda a recente contratação do médio angolano Beni Mukendi, proveniente do Casa Pia, por 3 milhões de euros, afirmando que «não é normal» o Vitória contrair empréstimos junto de sociedades que lhe vendem jogadores, neste caso com uma taxa de juro de 11%.
Críticas à atual direção
O candidato acusou ainda o atual presidente, António Miguel Cardoso, de ter dito que «o período eleitoral provocava instabilidade» e de ter tido um «comportamento adolescente» ao publicar os resultados financeiros do primeiro semestre de 2024/25 à mesma hora da conferência de imprensa, sem qualquer notificação formal à sua candidatura.
Além da auditoria, a candidata à vice-presidência para a área financeira, Cristina Cepa, prometeu que pelo menos 10% do valor líquido de cada transferência será destinado ao abate de um passivo consolidado que, em 30 de junho de 2024, era de 72 milhões de euros.
Promessas para o futebol
Quanto ao futebol, a candidatura de Luís Cirilo Carvalho promete contratar um diretor desportivo «familiarizado com a cultura do clube», conduzir a equipa B à II Liga, a equipa feminina ao campeonato principal e ponderar o regresso da equipa sub-23, extinta pela direção em funções após a época 2021/22. Cirilo Carvalho quer ainda definir um local para a nova academia de futebol, «iniciar as diligências» para um museu do clube, aumentar a cobertura das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques e concluir as obras do miniestádio na academia existente.