João Noronha Lopes, candidato à presidência do Sport Lisboa e Benfica, apresentou propostas audaciosas com o objetivo de reformular os quadros competitivos do futebol português. Ele defende que “a atual formulação dos quadros competitivos do futebol português está estagnada e precisa de mudanças estruturais”. Essa visão, segundo Lopes, deve ser liderada pelo Benfica, com a implementação de um projeto claro que promove a competitividade e a melhoria global do futebol em Portugal.
Dentre as propostas apresentadas, destaca-se “a extinção da Taça da Liga”, que Lopes considera injustificável nos dias de hoje. Além disso, ele mencionou a necessidade de uma “redução dos clubes na primeira divisão”, uma vez que acredita que “este campeonato não é para 18 equipas”. Tais afirmações refletem uma intenção clara de mudar a forma como o futebol é administrado, colocando o Benfica como um líder nesse novo caminho.
Propostas Estruturais para o Futebol
Em complemento às suas propostas estruturais, Lopes também falou sobre a centralização dos direitos televisivos no futebol. Para ele, “temos de começar pela base”. No contexto da distribuição financeira, Lopes explica que “vamos ter mais fatias, mas fatias mais pequenas”. O candidato aponta que a melhoria do produto deve ser a prioridade, o que implica um reconhecimento da grandeza do Benfica e do seu impacto no futebol português.
Essas ideias, se implementadas, poderão alterar significativamente a dinâmica do futebol nacional, promovendo a competitividade e a sustentabilidade do mesmo. Lopes acredita que a transformação começa com lideranças fortes e decisões audaciosas, colocando o Benfica na vanguarda desse processo.
A FPF e as Transformações Necessárias
Em outra esfera de debate, a Comissão de Financiamento e Controlo Económico da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) também está atenta às transformações necessárias no futebol nacional. Joaquim Sousa Marques, líder do órgão, afirmou que “queremos perceber a realidade atual e apresentar propostas, no sentido de melhorar matérias tão importantes para a sustentabilidade do futebol”. Esta comissão, que visa reunir elementos de várias sensibilidades do futebol, está a trabalhar para ter uma visão ampla das realidades enfrentadas por cada parte interessada.
A necessidade de discutir as temáticas fundamentais para o futuro do futebol é reconhecida na FPF. A intenção é trabalhar em conjunto para “apresentar no Congresso do Futebol, em janeiro de 2026, um raio-X e algumas medidas” que possam sustentar os êxitos do futebol português. As comissões criadas também têm o intuito de implementar um novo modelo de governação que traga mais robustez e eficácia à administração do futebol em Portugal.
Um Novo Caminho para o Futebol Português
Neste contexto, Joaquim Sousa Marques enfatizou que “a realidade das comissões é discutir os temas mais importantes para o futebol nacional, contribuindo para melhorarmos, irmos mais longe, sermos mais fortes”. Em um cenário onde a competitividade e a sustentabilidade são temas centrais, as propostas de Noronha Lopes e os esforços da FPF parecem caminhar lado a lado, indicando uma fase de transformação para o futebol em Portugal.
Com o Benfica e a Federação Portuguesa a desempenharem papéis cruciais nesse processo, o futuro do futebol português poderá estar a moldar-se de forma mais coesa e estruturada. A colaboração entre as instituições é vital para que as mudanças propostas sejam efetivas e sustentáveis a longo prazo.