Ángel Di María é uma figura incontornável do futebol português nos últimos tempos, mas a sua permanência no Benfica tem sido alvo de debate aceso entre os adeptos. Com 36 anos de idade, o argentino parece querer impor-se como a estrela da equipa, muitas vezes em detrimento dos seus companheiros.
Após uma carreira brilhante que o levou a jogar em alguns dos maiores clubes da Europa, como o Real Madrid, Manchester United e Paris Saint-Germain, Di María regressou a Portugal com a intenção de se aposentar num ambiente familiar. No entanto, a sua postura em campo e a forma como parece «obrigar» os colegas a jogar para si têm suscitado críticas entre os adeptos do Benfica.
Quando a estrela «se impõe»
«Ángel Di María já tem 36 anos e não gosta muito de defender. Quando está em campo, parece que obriga os colegas a jogar para ele e por ele. É uma estrela, pois claro, e já se sabe como elas muitas vezes se impõem, com todos os problemas que isso traz», comentou um adepto do Benfica ouvido pela nossa publicação.
A postura de Di María tem sido alvo de críticas, com alguns a considerarem que o treinador Roger Schmidt deveria ter sido mais assertivo na gestão do jogador, substituindo-o ou deixando-o de fora em alguns momentos.
O «desperdício» de outros talentos
Outra questão levantada pelos adeptos é a possível contenção de outros talentos da equipa devido à presença dominante de Di María. «David Neres, por exemplo, teve de sair para o Nápoles para jogar mais. Um jogador daqueles... que pena! Schjelderup também tem imenso potencial, se o Benfica não viver só para Di María e souber olhar à volta, claro...», lamentou um adepto.
A aposta excessiva em Di María, em detrimento do desenvolvimento de outros jogadores, é vista por alguns como uma miopia do clube em relação ao futuro.
Uma «pré-reforma» merecida?
Apesar das críticas, alguns adeptos entendem que Di María merece o «pedestal» que lhe foi concedido na Luz, depois de uma carreira de sucesso e da conquista do Mundial com a Argentina. «É impossível um adepto do Benfica não gostar de Di María, mas tornou-se palpável esta mania de reduzir o argentino a um elemento qualquer da equipa, com qualidades e defeitos mais reais do que o seu futebol», argumentou um benfiquista.
A decisão do jogador em regressar ao Benfica é vista por alguns como uma «pré-reforma» merecida, ainda que em condições financeiras menos vantajosas do que outras propostas que poderia ter recebido.