Plano violento dos ultras do Inter
O Ministério Público de Milão, em Itália, está a investigar as claques do Inter e descobriu que os ultras estavam a planear atacar, com armas, os adeptos do Benfica no final do jogo da segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões, em abril de 2023.
De acordo com a imprensa italiana, os adeptos nerazzurri estavam apenas à espera da ordem do líder para atacarem, na Piazzale Lotto, os benfiquistas. Um plano que não avançou devido à intervenção das autoridades no local em questão.
Numa conversa telefónica interceptada pela polícia, um dos líderes da Curva Nord do Inter revelou os detalhes do plano violento: «A polícia parou-nos! Não conseguimos avançar. Vínhamos cheios de varas, chaves inglesas, era para os esmagar a todos. Sabes o que se passava no McDonald's com as chaves e os ferros que tínhamos? Com aqueles paus de madeira, íamos matá-los como cães!».
Violência nos jogos da Champions
O jogo da Champions entre Benfica e Inter ficou marcado pelo arremesso de tochas pelos adeptos portugueses contra os do Inter. No entanto, a violência planeada pelos ultras nerazzurri ia muito além disso, com o objetivo de atacar e ferir gravemente os adeptos do Benfica.
A investigação do Ministério Público de Milão já levou à detenção de 19 ultras quer do Inter, quer do AC Milan, devido a alegadas ligações à máfia. Este caso revela a preocupante realidade da violência no futebol, com claques dispostas a recorrer a atos extremos para atacar os adeptos rivais.
As autoridades italianas atuaram a tempo de evitar um cenário ainda mais grave, mas este episódio serve de alerta para a necessidade de um maior controlo e combate à violência nos estádios de futebol, não só em Itália, mas em toda a Europa.