A Assembleia Geral (AG) extraordinária do Benfica, realizada no sábado, 21 de setembro, no Pavilhão da Luz, foi interrompida antes de serem discutidos todos os 97 artigos da proposta global de revisão de estatutos apresentada pela direção.
De acordo com os estatutos do clube, a reunião magna terá de ser retomada nos próximos 30 dias, o que irá acontecer «oportunamente», mas ainda não tem data definida, confirmou José Pereira da Costa, que assumiu a condução da AG após a demissão do anterior presidente da Mesa, Fernando Seara.
Proposta global de revisão de estatutos aprovada na generalidade
«Vamos retomar os trabalhos oportunamente. A primeira votação foi aprovada quase por unanimidade, com muito poucos votos contra, e estamos [no momento da interrupção] a votar o segundo ponto da ordem de trabalhos», disse José Pereira da Costa aos jornalistas, no exterior do Pavilhão da Luz.
Ao final da manhã, a proposta global de revisão de estatutos apresentada pela direção do Benfica foi «aprovada na generalidade», naquele que foi o ponto um da AG extraordinária, que contou com 1.644 sócios, informou o emblema lisboeta.
Principais propostas de revisão estatutária
Entre as propostas detalhadas está a possibilidade de transição dos sócios correspondentes para efetivos com metade da antiguidade, o aumento dos votos para os sócios jovens, de um para três até aos cinco anos e de cinco para 10 para quem é associado há mais de cinco.
Relativamente às reuniões magnas do clube, esta proposta de revisão estatutária sugere que passe a votar também as contas consolidadas do grupo Benfica, e não apenas as do clube. A maioria do clube na SAD vai passar a ser estatutariamente obrigatória, assegurando ainda que terá o controlo da gestão e indicando sempre o presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, se ela existir.
Vai ser igualmente proposta a limitação de três mandatos aos presidentes dos vários órgãos sociais do clube, casos da direção, da mesa da assembleia geral, do conselho fiscal e da comissão de remunerações.