Em entrevista ao programa Contraste, emitido na TVI Player, o antigo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, abordou as suas relações com os presidentes dos clubes rivais, Luís Filipe Vieira, do Benfica, e Bruno de Carvalho, do Sporting.
Relação com Luís Filipe Vieira
Segundo Pinto da Costa, a sua relação com Luís Filipe Vieira tinha começado bem, pois «dava-me bem com os dois». «O Luís Filipe Vieira conhecia-o antes de ser presidente do Benfica, porque ele foi presidente do Alverca e tivemos uma boa relação, até houve jogadores que vieram do Alverca para o FC Porto», explicou. No entanto, «depois quando ele foi para presidente do Benfica a relação deteriorou-se e estivemos até em guerra, mas hoje temos uma relação normal».
Relação com Bruno de Carvalho
Já em relação a Bruno de Carvalho, antigo presidente do Sporting, Pinto da Costa considerou que «foi muito injustiçado». «O Bruno de Carvalho era, como dizem agora do Francisco [Conceição] um espalha-brasas no princípio, mas depois demo-nos muito bem. Achava-o muito engraçado, ainda hoje mantemos contacto, porque acho que foi muito injustiçado», afirmou.
O antigo presidente do FC Porto destacou ainda o facto de Bruno de Carvalho ter construído o pavilhão do Sporting, algo que «o Sporting não tinha, nem pensava ter», e que foi fundamental para os êxitos do clube nas modalidades. «Quando lançou a ideia do pavilhão toda a gente dizia que era maluco, que era impossível, e o certo é que o pavilhão está lá e hoje, se não estivesse, o Sporting não teria os êxitos que teve. Com ele o Sporting ganhou títulos em todas as modalidades. É um indivíduo que foi muito injustiçado no Sporting, mas é uma das pessoas que gostei de conhecer e que ainda hoje tenho contacto», sublinhou.
Saída do FC Porto
Sobre a sua própria saída do FC Porto, Pinto da Costa assumiu que, «às vezes, sente-se aliviado» por já não cumprir funções no clube. «Não digo que me abandonou, mas foi levada a votar em sentido contrário pela campanha que foi preparada, como eles reconheceram, com anos de antecedência. Eles sabiam, porque tinham, infelizmente, alguns elementos dentro do clube que estavam a fazer jogo duplo e passavam todas as informações», afirmou.
«Houve uma campanha de desgaste, e, depois houve todo aquele Processo Pretoriano, que levou à prisão do Fernando Madureira. Tentaram ligar aquilo à direção do FC Porto e, para mim, foram essas as duas razões essenciais», prosseguiu.
«Não estou nada sentido. Às vezes, sinto-me aliviado, porque me deitava-me sempre com problemas que tinha por resolver, e, agora, não tenho essas preocupações. Estou mais tranquilo», completou o histórico presidente dos dragões.