Os três golos de Vangelis Pavlidis nos dois primeiros jogos de pré-época do Benfica estão a fazer do avançado grego a principal figura das águias no arranque da temporada 2024/2025.
O jogador contratado ao AZ Alkmaar, dos Países Baixos, bisou em 45 minutos disputados frente ao Celta depois de se ter estreado a faturar diante do Farense, na véspera, o que faz dele para já o goleador da equipa, indo ao encontro de uma lógica que não existiu na época anterior, a tal em que nenhum dos três pontas de lança do plantel (Arthur Cabral, Tengstedt e Marcos Leonardo) foi o melhor marcador – esse estatuto coube a Rafa, que entretanto assinou pelo Besiktas, da Turquia.
Sinais de mudança
«É um sinal simbólico da mudança que Roger Schmidt pretende para os meses que se seguem: os golos serem uma responsabilidade daqueles que têm essa obrigação», afirma o texto.
No verão de 2022, o primeiro do técnico alemão na Luz, Gonçalo Ramos terminou a pré-época como melhor marcador da equipa, com três golos (os mesmos que leva atualmente Pavlidis), prenúncio do que viria a ser a restante temporada – o internacional português foi quem mais faturou, por 27 ocasiões, mais quatro que João Mário, o segundo da lista.
Pavlidis assume a responsabilidade
«Vangelis Pavlidis assumiu a marcação do penálti no jogo frente ao Celta, com João Mário em campo. É certo que ainda nos encontramos na pré-época, mas os sinais e rotinas criam-se logo de início e parece claro que o avançado grego poderá ficar na frente do médio português na hierarquia», refere o artigo.
Falta saber se com a continuidade de Ángel Di María por mais uma época o ponta de lança contratado ao AZ Alkmaar não será o segundo marcador, atrás do argentino, que assumiu a responsabilidade em 2023/2024.
Um avançado completo
«Dois jogos não servem para tirar um retrato completo de um avançado, mas ajudam a confirmar expectativas. O internacional helénico mostrou, em 90 minutos divididos por 24 horas, uma variedade de recursos que o treinador das águias procura num jogador que ocupa aquele lugar e que identificou em Pavlidis, pedindo a Rui Costa a sua contratação», afirma o texto.
O artigo destaca as características de Pavlidis, como a capacidade de ligar o jogo, a explosão na profundidade, a disponibilidade para descair para as linhas e o sentido de golo apurado.
Uma atitude exemplar
«Outra das características que o futebolista de 25 anos evidenciou foi a entrega ao jogo. A queda nas escadas do Municipal de Águeda e que obrigaram à intervenção cirúrgica no polegar direito deu-se na sequência de uma bola divida junto à linha lateral que ele não deu como perdida e, sabe-se agora, acabou por marcar dois golos já com dores na mão. Foi esta atitude que também empregou nos momentos em que a equipa não tinha a bola, encostando nos colegas nos momentos de pressão sobre o adversário», refere o artigo.
Contratado por €18 milhões, Vangelis Pavlidis «passou com boa nota nos testes iniciais, prometendo ser o tal que tem o «pacote completo», expressão que Roger Schmidt popularizou a meio da temporada anterior para explicar as constantes trocas na frente de ataque – não estava plenamente satisfeito com nenhum dos pontas de lança que tinha ao dispor. Agora as coisas podem mudar.»