O treinador do Rio Ave, Luís Freire, lamentou o empate (2-2) da sua equipa na receção ao Estoril, depois de terem desperdiçado uma vantagem de dois golos.
«Fomos fortes na primeira parte»
«Foi uma boa primeira parte, com capacidade de ligar o jogo, com muita dinâmica e variando o jogo com passes longos. Criámos várias oportunidades estruturadas e poderíamos ter feito pelo menos dois golos até ao intervalo», disse Luís Freire, salientando que o Estoril «ameaçou de bola parada».
Golos «a frio» complicam jogo
Apesar da exibição positiva da sua equipa na primeira parte, o Rio Ave acabou por sofrer dois golos em quatro minutos na segunda metade do jogo, permitindo ao Estoril empatar a partida.
«Os golos surgem num espaço de quatro minutos, não houve tempo para reagir, os jogadores estavam a corresponder, a fazer um belo jogo. Foi um golo um pouco a frio. Devíamos ter sido mais práticos a aliviar a bola, mas quero dar mérito ao que fizemos bem», explicou Freire.
Contestação dos adeptos não incomoda treinador
O técnico do Rio Ave reagiu também à contestação dos adeptos sentida no final do jogo, afirmando que «há um novo projeto no clube» e que o seu «objetivo é preparar a equipa».
«Já estou aqui vai para quatro anos, já vi de tudo, já vi toda a gente triste quando estávamos na Liga 2 e vi a festa que foi a subida. Tem de se perceber que há um projeto novo no Rio Ave. As mudanças não passaram só pelo treinador. Hoje foi a exibição mais completa, as pessoas devem ter paciência que isto é um processo de integração», disse Freire.
O treinador do Rio Ave garantiu ainda que não se deixa afetar pelos comentários dos adeptos e que o seu foco está em preparar a equipa da melhor forma possível.
«Mais do que preocupar-me com os adeptos, o meu trabalho é sempre igual, preparar a equipa com máximo rigor, empenho. É um início de campeonato, penso que em todos os contextos há gente contente e descontente. Quem não aguenta, não pode andar no futebol. Não me deixo afetar nem ando em bicos de pés. Sou resiliente e, por norma, as minhas equipas também o são», afirmou Luís Freire.
