O antigo diretor-geral do Benfica, António Carraça, aconselhou o clube a não se deixar levar pelo coração na gestão do futuro de João Neves. Carraça lembrou o exemplo da renovação do treinador Roger Schmidt, que, segundo o ex-dirigente, foi feita com base na «paixão» e no «sentimento de sucesso», em vez de uma análise racional.
A necessidade de racionalidade na gestão
«As coisas não devem ser geridas pelo coração, mas pela racionalidade», afirmou Carraça, realçando que a SAD das águias deve fazer as coisas de forma pensada. O antigo responsável pelo futebol do Benfica considera que João Neves, apesar de ser um «jovem jogador de grande talento», ainda está «em construção» e, por isso, não vê com bons olhos a sua saída do clube neste momento.
O futuro de João Neves no Benfica
Carraça lembra que João Neves «não jogou muito» pela Seleção Nacional no Euro2024, o que demonstra que o médio ainda precisa de «um espaço de afirmação». «O João Neves, este João Neves que tem uma atitude competitiva muito forte, o que é que dá ao jogo?», questionou Carraça, acrescentando que o jogador «tem que dar mais ao jogo, mais soluções à equipa».
Nesse sentido, o ex-dirigente encarnado entende que «só faz bem ao João Neves continuar no Benfica mais uma época para redimensionar o seu jogo, o seu futebol». Carraça tem ainda reservas quanto ao valor da cláusula de rescisão do jogador, de 120 milhões de euros. «Pensar que algum clube no mundo que pague 120 milhões de euros ou próximo pelo João Neves...», afirmou, deixando no ar a sua dúvida sobre esse valor.